Já pensou em fazer uma viagem depois que a pandemia de Covid-19 terminar?
Afinal, o que fazer depois da pandemia? Muitas pessoas pretendem festejar, reunir os amigos, rever familiares… E, claro, viajar!
O turismo foi um dos serviços mais afetados pela crise do coronavírus no Brasil. O setor é responsável por 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
De acordo com a Confederação Nacional de Comércio, Bens e Serviços (CNC), o setor já acumula perdas de R$ 87,7 bilhões desde o início da pandemia.
Mesmo com a grande queda, alguns destinos e pontos turísticos já voltaram a funcionar. Porém, em todos os casos e para evitar surpresas, as mesmas recomendações: público limitado, higienização, obrigatoriedade de máscaras e distanciamento social.
Para ajudar você a fazer a viagem dos sonhos no pós-pandemia (e pós-distanciamento, pós-máscaras…), selecionamos 10 destinos imperdíveis e fora do comum para você conhecer no Brasil!
1 – Alter-do-Chão, PA
Para inaugurar a nossa lista, nada melhor do que um destino paradisíaco.
Alter-do-Chão, localizada no município de Santarém, no Pará, foi considerada a praia mais bonita do Brasil pelo jornal britânico The Guardian.
A vila possui lugares imperdíveis para visitar, como praia Ilha do Amor – um dos cartões postais da cidade – e o Lago Verde, que abriga a Floresta Encantada (quando o nível do rio Tapajós baixa, é possível encontrar praias de água doce, somente acessadas por barcos).
Para quem gosta de trilhas e ecopasseios, pode escalar a Serra da Piraoca.
A especialidade gastronômica da região são os peixes dos rios Tapajós e Amazonas, como pirarucu, tucunaré, tambaqui, filhote de Surubim, que feitos com temperos na brasa satisfazem todos os paladares.
O povo de Alter-do-Chão ainda possui forte ligação com os rituais da cultura de seus ancestrais.
Por isso, duas vezes por ano acontecem o “Festival Borari”, que enaltece as danças e gastronomia nativa; e o “Sairé”, uma festa que mistura a religiosidade cristã e as tradições indígenas.
As festividades acontecem em julho e setembro, respectivamente.
2 – Carrancas, MG
Carrancas é mais conhecida como a cidade das cachoeiras, com aproximadamente 70 cachoeiras catalogadas!
Dentre elas, algumas são inacessíveis por estarem localizadas em propriedades particulares e outras precisam de guias licenciados. As demais possuem livre acesso e são separadas por grupos ou “complexos”.
Os principais são: Complexo da Ponte, Complexo da Toca, Complexo da Fumaça, Complexo da Zilda, Serra do Moleque, Complexo do Grão Mogol e Complexo Vargem Grande.
A melhor forma de rodar por Carrancas é de carro, pois as cachoeiras ficam afastadas. Porém, existem empresas de turismo que realizam passeios.
Caso você também opte por ir de ônibus até a cidade, é necessário pegar um ônibus até Lavras, e depois outro até Carrancas.
Dica: leve dinheiro em espécie, pois na cidade não possui banco. Você só pode sacar dinheiro pela Casa Lotérica.
3 – Piranhas, AL
Um destino que mistura história e natureza e é pouco conhecido se localiza na cidade de Piranhas, em Alagoas.
Charmosa, com casinhas coloridas e chão de paralelepípedo, em 2003, a cidade foi tombada pelo Iphan como Patrimônio Histórico Nacional.
A cidade foi base de acampamento para Lampião e sua trupe na época do cangaço. Por isso, não deixe de visitar o Museu do Cangaço, que possui alguns pertences e muito da história da época.
Também é possível fazer passeios como a Rota do Cangaço, e, na cidade vizinha, em Canindé de São Francisco (aproximadamente 15 km), conhecer o Cânion do Xingó, que surgiu após a construção da Usina Elétrica do Xingó a partir das águas do Rio São Francisco.
Ainda em Piranhas, vale a pena subir o Mirante Secular para vislumbrar a bela vista da cidade e assistir ao entardecer. Não deixe de conhecer stands de artesãos e cultura local no Centro de Arte e Cultura. Outro ponto interessante é a Igreja de Nossa Senhora da Saúde, inaugurada em 1855.
Apesar de alagoana, a melhor forma de se chegar a Carrancas é de carro saindo de Aracaju. O trajeto tem cerca de 220 km. Caso opte por ir de ônibus, também há opções saindo de Aracaju para Piranhas ou Canindé de São Francisco.
Dica: Se for de ônibus, é bom fazer uma reserva com algum taxista da região para levar aos passeios pois o transporte público não funciona bem.
4 – Jalapão, TO
Apelidada de deserto das águas, o cenário do Jalapão possui cachoeiras cristalinas, chapadões, dunas alaranjadas de quase 40 metros e piscinas naturais. Um verdadeiro paraíso para quem curte se aventurar na natureza!
Localizada no Tocantins, a região é um conjunto de cinco áreas de conservação, incluindo um parque estadual. Uma área maior do que os estados de Sergipe e Alagoas.
Não deixe de visitar a Cachoeira da Velha, localizada dentro do Parque estadual do Jalapão e a maior da região. Outra cachoeira imperdível é a Cachoeira do Formiga, que possui águas de cor azul-esverdeada.
Também é possível visitar um mirante na Serra do Espírito Santo, as dunas do Jalapão e ainda o Cânion Sussuapara! Ufa! Muitos passeios, hein?
A melhor época para visitar a região é na seca, no período de maio a setembro. Para chegar no local, o ideal é ir de 4×4. Algumas agências de turismo fazem o translado do aeroporto de Palmas. Além disso, não é indicado circular no Parque sem um guia.
5 – Bonito, MS
Localizada a 300km da capital Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, está Bonito, uma cidade incrível que está a frente de outras regiões turísticas no quesito ecoturismo.
Por ser próximo ao Pantanal, Bonito e seu entorno possuem uma vegetação formada em sua maioria por mata atlântica e cerrado. É o lugar perfeito para admirar a vida marinha, fazer trilha, aproveitar um banho de cachoeira, e apreciar a fauna de aves e animais silvestres.
Todos os passeios em Bonito são agendados com antecedência nas agências de turismo, que oferecem programas para todos os gostos.
São cerca de 46 passeios credenciados! Os lugares mais procurados são: a Gruta do Lago Azul, flutuação nos rios como no Rio Sucuri ou Aquário Natural, e trilhas para conhecer cachoeiras, como a Boca da Onça, que possui a maior queda d’água do Mato Grosso do Sul!
É possível chegar a bonito de carro (cerca de 300km do aeroporto de Campo Grande) ou de ônibus da rodoviária de Campo Grande. A empresa Venzella oferece 6 horários diferentes saindo do aeroporto.
6 – Boipeba, BA
Para ir à ilha de Boipeba, na Bahia, é preciso gostar de muita paz, de se desconectar, andar descalço (e principalmente a pé!). O lugar baiano oferece praias desertas, piscinas naturais e noites estreladas.
Para chegar à ilha, é possível pegar um avião bimotor para Boipeba saindo do aeroporto de Salvador. Também é possível ir de ônibus e barco terminal marítimo, carro, catamarã e jipe.
7 – Chapada dos Veadeiros, GO
O destino fica em uma área de proteção à natureza no centro-oeste do país, dividido em três regiões de Goiás: São João D’Aliança, Cavalcante e Alto Paraíso de Goiás.
Em Alto Paraíso se encontra a maioria dos atrativos, da infraestrutura para ficar no lugar e é entrada para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
Além de trilhas, cachoeiras e lugares de belezas exóticas, a Chapada é conhecida como um lugar místico, pois dizem que está situada em uma placa de cristal de quartzo, o que lhe fornece uma vibração energética diferente e especial.
Alguns lugares imperdíveis são o Vale da Lua e a Cachoeira de Santa Bárbara. Vale ficar atento às trilhas que levam aos lugares, pois requerem algum nível de fôlego.
O aeroporto mais próximo é o de Brasília. De lá saem ônibus todos os dias para a Chapada, ou você pode alugar um carro e ir para Alto Paraíso de Goiás, que fica a cerca de 242 km.
8 – Bento Gonçalves, RS
Bento Gonçalves é um destino cheio de histórias, pois foi lá que os primeiros imigrantes italianos começaram o cultivo da uva.
Por esse motivo, a cidade foi declarada a capital brasileira do vinho! Hoje existe uma imensa atividade vitivinícola na região, atraindo os amantes da bebida.
Há alguns roteiros turísticos na cidade, pelo interior, como Vale dos Vinhedos, Vale do Rio das Antas, Encantos de Eulália, Cantinas Históricas e Caminhos de Pedra. Além disso, é possível fazer o passeio de Maria Fumaça, o trem que vai até a cidade próxima de Carlos Barbosa.
No passeio, é possível desfrutar de belas paisagens da Serra Gaúcha e tirar fotos no estilo “antigo”.
A cidade se localiza a 120 km de Porto Alegre. Portanto, é indicado alugar um carro na capital para chegar ao destino! Pacotes de viagens são perfeitos porque incluem a opção de transfers do aeroporto.
9 – Parque Nacional de Anavilhanas, AM
O arquipélago de Anavilhanas, em Novo Airão, Amazonas, é uma ótima oportunidade para conhecer a grandiosidade da Amazônia e tudo o que ela tem a oferecer. O parque fluvial é um dos maiores do mundo, e foi criado para preservar suas diversas formações florestais.
O local estimula a produção de conhecimento por meio de pesquisas científicas e conserva o bioma da Amazônia com ações de educação ambiental e turismo sustentável.
É possível chegar a Novo Airão partindo de Manaus, por carro, taxi-lotação, ônibus ou barco.
10 – Serra do Roncador, MT
Localizada no estado do Mato Grosso, a Serra do Roncador possui cerca de 800 km de extensão de mata atlântica e vegetação do cerrado.
No lugar, é possível se banhar em cachoeiras, fazer trilhas, e até conhecer os hábitos do campo e servir-se de produtos típicos do lugar. Um tipo de passeio muito atrativo é o turismo de misticismo, ou esotérico.
Existem diversos lugares protegidos pela população indígena e por órgãos oficiais. Um exemplo é a Caverna dos Pezinhos, cuja entrada não é permitida, onde são encontrados diversas pegadas de humanos e animais, em sua maioria com seis dedos!
Também existem relatos de Ovnis na região. Dê um pulo na pedra do Gavião à noite para observar algum movimento ou ser estranho no céu estrelado!
Para chegar ao local, é preciso se direcionar pela cidade de Barra das Garças. É possível pegar um avião partindo de Brasília, Goiânia ou Cuiabá, e, então pegar um ônibus. A viagem de Brasília dura aproximadamente 10 horas; de Cuiabá, 8 horas e, Goiânia, 5 horas e meia.
Caso prefira, pode alugar um carro de qualquer uma das capitais acima e percorrer cerca de 500 km até o destino final.
Marina Estevão
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