Para estimular o desenvolvimento da cadeia produtiva das abelhas no Pará, garantir a qualidade dos produtos e atuar na expansão da apicultura e meliponicultora, a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) intensifica atuação, sobretudo, para fortalecer a infraestrutura dos produtores paraenses.
Andrio de Andrade, técnico agrícola da Sedap responsável pela área de cadeia produtiva das abelhas, explica que a Secretaria tem a função de desenvolver as atividades da área rural. “Sempre buscamos recursos, junto à parte técnica, para dar suporte a produção para garantir a entrega de materiais, o desenvolvimento de formações, a promoção de reuniões com produtores envolvidos na atividade, a criação de câmaras, a exemplo da Câmara Setorial do Mel. O intuito é desenvolver a atividade e proporcionar a comercialização, fazendo de tudo para atender melhor o apicultor”, ressalta.
Há mais de 30 anos, o presidente da Federação das Associações de Criadores de Abelha do Estado do Pará, Orlando Marron, atua com apicultura no Pará. “A parceria com a infraestrutura associativa garantida pela Sedap é fundamental para os produtores. Há convênios para carpintaria, usina de cera, para a construção do entreposto de mel, investimentos em caminhão. Não basta só produzir, temos que vender e para isso precisamos de suporte adequado dentro dos padrões da legislação. Essa ajuda representa mais um passo para a expansão do nosso negócio. Vamos agregando valor com o investimento para fortalecer a cadeia produtiva”, diz.
Em outubro deste ano, ocorreu o Intercâmbio da Meliponicultura entre o Pará, Acre e Amazonas. Foi uma oportunidade de compartilhar assuntos da Bioeconomia e cadeia de valor na Amazônia com alternativas de avanço, considerando características e biodiversidades da atividade.
“O intercâmbio com o Amazonas, estado com grande produção de mel de abelhas sem ferrão, é importante para o avanço desta atividade no Estado do Pará. Pensar em Meliponicultura é pensar fora de uma colônia de abelha, é pensar na Amazônia, é pensar na coletividade que muito tem a avançar com o percentual das abelhas”, ressalta que Andrio de Andrade, técnico agrícola da Sedap.
A Sedap participou também do I Congresso Amazonense de Meliponicultura, que ocorreu em setembro deste ano, na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), com o objetivo de discutir a atividade de criação das abelhas sem ferrão na Amazônia com foco na profissionalização da atividade.
Produção
Os produtos apícolas, como o mel, o própolis e o pólen, estão entre os mais apreciados do mundo. No Pará, foram responsáveis, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), pelo movimento de um montante de R$ 9 milhões em 2019 com uma produção de 670 quilos. Pelo menos 65% do mel produzido na Região Norte é do Pará.
Fonte: Agência Pará
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