Os papéis da Vale (VALE3) sofrem, mais uma vez, com a derrocada do preço do minério de ferro e as perspectivas nada favoráveis para a segunda maior economia do mundo, a China. Os problemas com a megaconstrutora Evergrande também pesam para a queda.
Por volta das 13h30, os papéis da mineradora caíam 5,46%, a R$ 81,46, a mínima no ano.
O movimento acompanha os valores do minério de ferro, que despencaram 8%, indo a US$ 92,80, totalizando uma baixa de 55% em dois meses. Lembrando que no início do ano, a commodity chegou a bater no patamar de US$ 200. Mas uma desaceleração da economia da China, além de intervenção do governo nas siderúrgicas, freou a expansão.
Na última sexta-feira (17), o banco suíço UBS cortou a recomendação para as ações da Vale para ‘venda’, de ‘compra’ anteriormente, estimando que um excedente de minério de ferro de cerca de 150 milhões de toneladas está crescendo rapidamente em 2022.
Eles citam que esse excedente está aumentando, entre outros fatores, conforme as restrições à produção de aço da China pesam sobre a demanda de minério de ferro e a oferta global da commodity continua aumentando.
Nesse cenário, eles reduziram suas projeções para os preços do minério de ferro em 10% para 2021, para 163 dólares por tonelada, em 12% para 2022, para 89 dólar por tonelada, e em 6% para 2023, para 80 dólares por tonelada, considerando que a produção de aço chinesa se estabilize em torno de 1,07 bilhão e o fornecimento de minério de ferro continua aumentando.
Para Andreas Bokkenheuser e equipe, a história dos dividendos da Vale se torna muito menos atraente com o minério de ferro abaixo de 100 dólares por tonelada.
O UBS também cortou suas previsões para os lucros e o Ebitda da mineradora no período, assim como preço-alvo do ADR para 15 dólares cada, de 22 dólares anteriormente.
Money Times/ Renan Dantas
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