As taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas no Brasil, exatamente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Segundo a SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia), a partir dos 40 anos, todas as mulheres devem realizar a mamografia anualmente, já que o exame é a principal forma de diagnosticar precocemente o câncer de mama.
Para sensibilizar as mulheres para a importância de realizar o exame para a detecção precoce da doença foi instituído por lei em 2008, o 5 de fevereiro como o Dia Nacional da Mamografia. O Dr. Fábio Botelho, mastologista do Centro de Tratamento Oncológico, ressalta que o cuidado das mulheres com a própria saúde deve ser redobrado. “A grande arma para redução da mortalidade reside no diagnóstico precoce, daí a necessidade de as mulheres se submeterem a exames de mamografia anualmente, a partir dos quarenta anos”.
O câncer da mama é o tipo que mais acomete as mulheres em todo o mundo e representa 22% de todos os casos novos de câncer, segundo a Organização Mundial de Saúde. Se o câncer de mama for diagnosticado e tratado oportunamente, as chances de cura são superiores a 90%. Em estágios mais avançados, as chances podem ser reduzidas a apenas 5%. No Brasil, o Ministério da Saúde estimou 57.120 casos novos em 2014. O de mama é o segundo tipo de câncer mais recorrente entre as mulheres da Região Norte (só o câncer de colo de útero tem número maior de casos no Norte).
Levantamento
A OMS recomenda 70% de cobertura anual desse exame em mulheres com mais de 40 anos de idade. Mas a “aderência” ao exame não é tão boa. Menos de 25% das brasileiras entre 50 e 60 anos de idade realizaram mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2013. No Pará, o levantamento da SBM indica que apenas 7,5% da população que tem indicação anual do exame (mulheres acima dos 40 anos) teve acesso à mamografia em 2013.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), existem 34 mamógrafos para atendimento a pacientes do SUS no Pará. Além disso, boa parte dos mamógrafos estão em hospitais e clínicas particulares, que atendem a maioria da demanda.
(DOL, com informações da assessoria)
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