O projeto Florindo o Mundo iniciou na tarde de segunda-feira, 6, a oficina “Jardins Agroflorestais”, com palestra realizada no Projeto Pipa – Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, onde alunas e técnicos acompanharam as orientações sobre um novo modelo de produção de flores e alimentos como inovação social de sustentabilidade.
A oficina vai até a próxima sexta-feira, 10, com aulas práticas e teóricas para a segunda turma que será formada. “A importância desse curso para gente é se capacitar e ter mais conhecimento. Muitas de nós mexemos com flores e com hortas. Estamos aqui mesmo para se capacitar e pegar mais conhecimento e se preparar para o mercado de trabalho”, disse Fabiana dy Laura, aluna do projeto.
As alunas vão estudar e conhecer sobre o reflorestamento e as espécies de valor comercial para o paisagismo. O objetivo principal está na capacitação das participantes na implantação e manejo de uma unidade experimental de jardim agroflorestal, com aulas práticas de educação ambiental. Os filhos das alunas podem participar assim como as crianças do Projeto Pipa.
“A oficina Jardins Agroflorestais é uma proposta do projeto Florindo o Mundo para capacitar as mulheres na área de Sistemas Agroflorestais, que é uma nova tecnologia de desenvolvimento de culturas, sejam elas de flores, como é o nosso caso, assim como o plantio de outras plantas ornamentais e hortifrútis no mesmo sistema. Essa é a proposta: fazer com que elas tenham essa prática de um canteiro começando do zero”, informou Juliana Araújo, coordenadora do Florindo o Mundo
Os Sistemas Agroflorestais
A área do Projeto Pipa tem as características de mata nativa, com florestas e palmares, e as alunas vão aprender a plantar mudas, principalmente de flores tropicais dessa região, que a natureza contribui para o desenvolvimento do projeto.
Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) são um modelo de produção fundamentado no funcionamento dos ecossistemas naturais. Pedro Paulo, que veio de Alagoas, é o palestrante da oficina e pretende passar toda a sua experiência para as participantes.
“A gente tem cinco dias para trabalhar muito conteúdo. Vamos focar em passar uma experiência com prática para as pessoas, para as mulheres do projeto para que elas se sintam mais seguras para depois dar continuidade. Depois, a gente fica alguns meses acompanhando-as pelas redes sociais, com o WhatsApp. Nesses cinco dias aqui, vamos fazer uma implantação de um Sistema Agroflorestal, Biodiverso sucessional bem rico, com muitas flores, com alimento, porque a proposta é que elas consigam produzir uma renda”, explicou Pedro Paulo, que é agricultor e instrutor agroflorestal.
O Projeto Florindo o Mundo tem a participação integrada de oito secretarias do governo municipal: Especial de Governo (Segov), Produção Rural (Sempror), Assistência Social (Semas), Meio Ambiente (Semma), Desenvolvimento (Seden), Mulher (Semmu) e Serviços Urbanos (Semurb), além do Prosap.
A oficina Jardins Agroflorestais está recebendo técnicos experientes vindo de fora para realizar um treinamento e aplicar na prática para as alunas do projeto, visando à entrada no mercado de trabalho e geração de renda.
“É uma implantação, uma incrementação de um projeto que já vem rodando desde o início do ano, que é o Florindo o Mundo. Nós estamos na segunda turma e a ideia com este treinamento de agroflorestal é intensificar e diversificar o cultivo das flores, ou seja, é utilizar a nossa floresta, utilizar nossas potencialidades naturais integrando isso a uma cultura de auto sustentação, plantar flores e frutas, plantar hortaliças e flores, essa coisa toda faz parte desse contexto”, frisou o secretário especial de Governo, Keniston Braga.
Texto: Fábio Relvas
Fotos: Orion Lima
Assessoria de Comunicação – Ascom/PMP
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