Dirá ela casei-me com o morto e ví a impaciência da aurora ao seu redor – o imbecil privado- suspeita dos girassóis e quer que tudo vire mobília nas franjas da alma e no salmoura do coração o morto é um paradoxo não saberá o que falam dele ainda vivo ou com artrose no joelho depois de morto!
Ah animal de feira decifras o sangue e o berro do louco nos aromas das frutas
perfumes celestes e o hálito do artista ali sentado.
Ah animal de feira os defeitos dos ossos
a alegoria dos preços são ramificações presas a pata e atado a nomes
apelidos impróprios e a fé adulada nos versículos tardios
Onde encontraras o piano essa rupestre razão da paz
entres os alpendres do bendizer?!
Dirá ela me casei com o morto e que mentira abalará o pássaro sem asas
essa noção do belo que não vive e nem quer deixar viver
só as aflições do arbítrio lhe chamam para a dança!
Charles Trocate
Vicinal do limão
Fevereiro de 2022
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