Senadores e profissionais de saúde destacaram, em sessão especial comemorativa do Dia do Médico, nesta segunda-feira (31), a importância da categoria, lembrando, em especial, o esforço no enfrentamento da covid-19, e cobraram melhores condições de trabalho e valorização do Sistema Único de Saúde (SUS). A sessão especial foi realizada a requerimento (RQS 648/2022) do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que também presidiu a cerimônia.
Na abertura dos trabalhos, Izalci resumiu aspectos da “enorme entrega pessoal” dos médicos na formação e no exercício profissional, e chamou atenção para o desempenho da medicina no combate à covid.
“Vieram as vacinas e os cuidados, mas é certo que perdemos muitas vidas, entre elas muitas mortes de médicos e de demais profissionais da saúde. O desafio que enfrentaram e os sacrifícios que fizeram foram de tal tamanho que merecem aqui, na data de hoje, o nosso imenso respeito e admiração”, disse Izalci.
Marta David Rocha de Moura, diretora da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), associou o avanço da ciência médica ao aumento da qualidade de vida dos idosos e à possibilidade de pleno desenvolvimento das crianças. Ela manifestou a esperança de que, em futuro próximo, os médicos possam celebrar a melhoria das condições de trabalho no SUS, com aprimoramento de salários, jornadas de trabalho e condições de formação acadêmica.
Também o Presidente do Conselho Federal de Medicina, José Hiran da Silva Gallo, citou o “total desprendimento” que os médicos demonstraram diante da covid, mesmo sob condições precárias de trabalho.
“Graças ao trabalho dos médicos e dos demais profissionais de saúde, milhões de brasileiros superaram o coronavírus e conseguiram escapar das estatísticas de mortalidade. Nos postos de saúde, nas emergências e na beira dos leitos de internação e da UTI, quem estava oferecendo suporte ao paciente e liderando as equipes de saúde eram os médicos brasileiros”, lembrou.
Gallo também apresentou reivindicações da categoria, como a tomada de medidas que assegurem o respeito aos direitos do paciente, o fortalecimento do SUS e o controle sobre as condições de formação de novos profissionais.
A diretora do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal, Adenalva Lima de Souza Beck, apelou aos senadores para que zelem pela “saúde financeira” das instituições filantrópicas de atendimento médico. Gustavo dos Santos Fernandes, diretor nacional de oncologia da Rede Dasa, saudou a “função espetacular” dos médicos durante os 30 meses de pandemia e apontou como “deficitárias” as tecnologias oferecidas em face das tabelas “atrasadas” de ressarcimento pelo SUS.
O oftalmologista Rodolfo Alves Paulo de Souza pediu “carinho, zelo e empatia” aos futuros médicos. O psiquiatra Ulysses Rodrigues de Castro lembrou os esforços no tratamento da covid e chamou as entidades médicas a lutar por uma carreira sólida em nível nacional.
Raquel Medeiros, gestora pública e endocrinologista, disse que o período de pandemia exigiu dos médicos “esforço adicional de compromisso, integração, compreensão e capacidade inventiva”. Gutemberg Fialho, presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), reafirmou o compromisso dos médicos de proporcionar qualidade e melhorar a vida do povo.
Também discursaram, entre outros, a obstetra Danielle do Brasil de Figueiredo, o infectologista Paulo Giovanni Pinheiro Cortez, e a coordenadora da Faculdade Unieuro, Andréa Franco Amoras Magalhães.
O Dia do Médico é celebrado anualmente em 18 de outubro. A data é associada pela Igreja Católica à figura de São Lucas, que era médico e é declarado padroeiro da profissão.
Fonte: Agência Senado
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