O Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, obteve novamente resultados expressivos em relação à segurança de seus pacientes. Em 2022, a unidade conseguiu reduzir seus índices de infecção hospitalar de 4,64% em 2021, para 3,53% no ano passado. A taxa recomendada pela OMS é de 5%.
Cassiano Barbosa, membro da Comissão de Infecção Hospitalar do HRSP – equipe atuante e altamente capacitada que promove ações e medidas preventivas em parceria com o Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) – , destacou que o combate à infecção hospitalar é importante para proteger a saúde dos pacientes, prevenindo complicações e evitando o prolongamento das internações.
“É um trabalho contínuo, onde colhemos resultados positivos ano após ano. Sempre adotamos novos protocolos assistenciais, que aprimoram os processos e auxiliam no combate das infecções hospitalares, mantendo assim, o alto padrão de qualidade e segurança para os nosso usuários”, explicou o médico.
Levantamento realizado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da unidade, que pertence ao Governo do Pará e é gerenciada pela Pró-Saúde, apontou que a principal redução está nos casos de infecções relacionadas a cirurgias, o que evidencia um avanço significativo na qualidade dos cuidados prestados.
“Considerando o perfil assistencial da unidade, que é voltada para traumas e alta complexidade, os resultados alcançados são ainda mais expressivos”, complementou Cassiano.
Erica Nascimento, enfermeira responsável pelo SCIH no hospital, ressaltou que a implantação de protocolos rigorosos de higiene e segurança, além da capacitação constante dos profissionais de saúde, foram determinantes para a redução das infecções.
“Reforçamos continuamente todas as medidas para estimular as diretrizes de segurança no cuidado ao paciente, como a higienização das mãos, limpeza dos ambientes, precauções específicas para evitar contato com gotículas, e o uso correto dos equipamentos de Proteção Individual (EPIs)”, ressaltou Erica.
Entenda o problema das infecções hospitalares
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um a cada 10 pacientes no mundo irá contrair algum tipo de infecção em ambiente hospitalar. A organização estima que em 234 milhões de cirurgias feitas mundialmente, ocorram cerca de um milhão de mortes por infecções hospitalares.
Higienização das mãos
Segundo levantamentos do SCHI, no ano passado, 94% dos colaboradores do Regional de Marabá aderiram ao protocolo de higienização das mãos, que é a forma mais barata e eficaz de prevenir a manifestação de infecções e doenças.
Valdemir Girato, diretor Hospitalar do HRSP, explica que a grande adesão é reflexo de campanhas de conscientização realizadas na instituição, onde também são disponibilizados em pontos estratégicos, dispensers com álcool 70% e lavatórios para a lavagem das mãos.
“A adesão ao protocolo de higiene das mãos é uma demonstração de dedicação e comprometimento da gestão e de todos os colaboradores da unidade em oferecer os melhores cuidados aos pacientes. A queda contínua nos índices de infecção traduzem a visão da Pró-Saúde, que tem como foco a qualidade e a segurança assistencial”, enfatizou Valdemir.
O diretor destaca ainda que as complicações clínicas causadas por casos de infecção hospitalar elevam consideravelmente os custos do tratamento, já que envolvem aumento no tempo de internação e, consequentemente, o uso de medicamentos, insumo, exames, consultas, entre outros. “Lavar as mãos leva apenas alguns segundos e pode salvar muitas vidas, além de evitar gastos desnecessários”, complementou o gestor.
Sobre o Hospital
O Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso, localizado em Marabá, interior paraense, foi inaugurado em outubro de 2006 e, desde então, é gerenciado pela Pró-Saúde, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
A unidade atua como referência para média e alta complexidade, e possui perfil de atendimento com foco nas especialidades de neurocirurgia, traumatologia, ortopedia, urologia, neonatal, hemodiálise, gestação de alto risco, hemodinâmica, cirurgia geral. Conta ainda com Unidades de Terapia Intensiva (UTI), sendo o único da região a dispor deste tipo de leito voltado exclusivamente para recém-nascidos, crianças e adolescentes.
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