Uma operação federal contra extração ilegal de ouro e cobre fechou cinco áreas de garimpo na região de Marabá , no sudeste do estado.
Os agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em ação conjunta com a Polícia Federal e a Polícia Militar Ambiental, conseguiram:
- desativar cinco garimpos e 14 acampamentos na região
- inutilizar cinco escavadeiras hidráulicas (PCs), 16 motores estacionários, seis geradores, quatro esteiras, duas caminhonetes e uma moto (a inutilização é feita na impossibilidade de remover o maquinário do local – o que é previsto na lei brasileira);
- apreender armas e munição. A quantidade de armas apreendidas, porém, não foi revelada até o início da tarde desta quarta-feira (24).
Mesmo paralisados em protesto por melhorias salariais, agentes ambientais saíram na ação na terça-feira (23) e que estava programada desde dezembro para conter avanço da contaminação de rios.
A Operação “Abre Alas” tenta impedir o avanço da contaminação dos rios Aquiri e Itacaiunas, que recebem a massa de rejeito e mercúrio.
“Essa extração ilegal está especificamente na Floresta Nacional Itacaiunas, uma das reservas mais importantes da região de Carajás, e hoje tem uma massa de garimpeiros fazendo essa atividade ilegal que conseguimos relacionar com a contaminação dos rios”, explica Vitor Garcia Neto, agente de fiscalização do ICMBio.
A Flona do Itacaiunas tem área de 141 mil hectares e foi decretada em 1998, dentro do município de Marabá.
Trabalhadores dos garimpos foram ouvidos e financiadores das atividades ilegais foram identificados, e agora, serão instaurados inquéritos para apurar a conduta dos infratores, que poderão responder por crimes ambientais, usurpação de bens da União e crimes do Estatuto do Desarmamento. Ninguém foi preso.
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