As tradições culturais que revelam riquezas abundantes dos povos amazônicos podem ser admiradas e apreciadas na itinerância da exposição Bienal das Amazônias aberta na noite de quarta-feira, 7 de agosto, na Casa da Cultura de Canaã dos Carajás, sudeste paraense. Com o tema “Bubuia: águas como fonte de imaginações e desejos”, a mostra exibe o conjunto de obras da artista e fotógrafa paraense, Elza Lima. São 20 fotos expostas na cidade pela primeira vez, para visitação gratuita.
A itinerância tem o patrocínio master do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Rouanet. A comunidade de Canaã e toda a região pode visitar a mostra de segunda a sábado, das 8h às 19 horas, exceto aos domingos e feriados, até o dia 30 de setembro. A exposição é inclusiva, acessível, e permite ao visitante uma conexão profunda com as imagens e todos os seus elementos.
Presentes na abertura da itinerância, artistas da cidade e admiradores da arte e cultura. Para a curadora da exposição, Vânia Leal, estar com a mostra em Canaã dos Carajás “é dialogar com esse espaço, com a Casa da Cultura”. Vânia destaca que as 20 fotografias da Elza Lima expostas em Canaã são um convite ao viver amazônida. “Ela faz a gente se sentir em casa enquanto ser amazônida. A gente se reconhece nas fotos da Elza pelo aspecto cultural do local presente nas imagens – o tempo compassado, o chão, a luz, uma captura única, de um cotidiano alegre”.
“Estamos democratizando a cultura, promovendo a descentralização dessa produção cultural para outros espaços. E isso alimenta todo uma cadeia da cultura no território, proporciona o acesso à cultura, o direito à cultura e o contato, totalmente gratuito, da população de Canaã dos Carajás e de toda a região que vive aqui e circula por este espaço”, destaca Gabriela Sobral Feitosa, coordenadora da Casa da Cultura.
Para o produtor cultural, Jairon Barbosa Gomes, a Bienal das Amazônias coloca Canaã dos Carajás na rota das artes visuais. “Canaã está na vanguarda e é maravilhoso receber essa exposição, que é o recorte da primeira Bienal das Amazônias realizada em 2023, em Belém. Nesse sentido, valorizamos a produção local, os artistas presentes nesse território. Canaã, inclusive, já teve a sua primeira turma de Artes Visuais formada pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), ou seja, a cidade se consolida como local de circulação artística em todos os sentidos: tem a parte formativa, tem a parte das exposições e tem a Casa da Cultura como espaço de fomento às artes aqui na cidade”, avalia.
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