Operação conjunta da Polícia Federal com ICMBio, Ibama e Força Nacional desativou garimpo ilegal de cobre no município de Canaã dos Carajás, sudeste paraense, na manhã desta sexta-feira (7/2). No mês passado, três garimpeiros ficaram presos em um poço aberto ilegalmente na mesma região.
Até o momento foram inutilizados ou apreendidos 10 motores estacionários, 15 acampamentos, duas canoas, um motor rabeta, duas armas artesanais e duas pás carregadeiras.
Os poços chegam a alcançar 50 metros de profundidade e 100 metros de comprimento total, trazendo risco à vida dos trabalhadores e, em muitos casos, trabalho análogo à escravidão.
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Segundo o ICMBio, os poços de extração de cobre dão prejuízo estimado superior a R$ 362 milhões pela usurpação de bem mineral da união, nos últimos cinco anos de funcionamento do garimpo, além e R$ 6,2 milhões de danos ambientais.
A ação é cumprimento de mandado de busca e apreensão, que autorizou destruição de máquinas e alojamentos usados no garimpo ilegal, dentro da Floresta Nacional de Itacaiúnas. Também foram expedidos dois mandados de prisão contra pessoas suspeitas de financiar a extração ilegal de cobre. Além disso, foi realizada penhora solidária de R$ 6 milhões de três investigados, para reparar danos ambientais e econômicos.
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No local do garimpo ilegal existem diversas perfurações para a extração de cobre, com donos diferentes. A Polícia Federal trabalha na identificação de cada um deles. A região já foi alvo de diversas operações, porém a exploração ilegal retorna ao local, muitas vezes com estrutura ainda maior.
A manutenção dessa atividade costuma ocorrer com apoio de financiadores de fora do estado, com investimento em construção de aporte de energia elétrica e transformadores de grande capacidade, casas de apoio com estrutura para alimentação e sono, afetando a biodiversidade local.
Na quinta-feira (06/02), a PF deu apoio na desativação de áreas de garimpo ilegal, desta vez para extração de ouro, em Parauapebas. A atividade irregular é recorrente na região e polui rios essenciais para o abastecimento da cidade.
Fonte: Polícia Federal
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