Marabá não possui casos confirmados ou suspeitos de Mpox, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Marabá (SMS). A diretora de Vigilância em Saúde, Luana de Jesus, explica como o município está preparado para possíveis casos da doença.
A Mpox é uma doença zoonótica viral cuja transmissão ocorre por via sexual, portanto, é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) e também por contato com fluidos corporais e lesões de pessoas com a doença, além, também, de gotículas de saliva.
Entre os sintomas estão: febre, dores musculares, dor de cabeça, fadiga, inchaço dos linfonodos (adenomegalia) e as lesões na pele, que seguem etapas: manchas, bolhas, pústulas e crostas, que deixam marcas.
Esses sintomas também estão presentes em outras doenças, como varicela, conhecida como carapora, por isso a importância de buscar assistência médica nos primeiros sinais.
Marabá teve um caso positivo de Mpox em 2022. Na ocasião, o paciente apresentou sintomas leves, fez tratamento domiciliar e foi curado da doença. Desde então, o município passou por capacitação para lidar com os possíveis casos que, até agora, não aconteceram.
Na última semana, a SMS analisou um caso suspeito que logo foi descartado a partir da avaliação dos sintomas apresentados, que não eram condizentes com a doença, pois o paciente não apresentava lesões, adenomegalia e nem vínculo epidemiológico que justificasse a suspeita.
“O diagnóstico é feito através da coleta de material das lesões. Por isso, é importante o paciente, a partir do momento que apresenta esses sintomas, procurar em tempo oportuno, que consideramos o período de incubação de 5 a 21 dias, ele pode procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima porque a partir daí o profissional vai avaliar se realmente é um caso suspeito”, explica Luana de Jesus.
Com a suspeita, o profissional precisa fazer a notificação. É quando a Vigilância em Saúde entra em ação por meio da Vigilância Epidemiológica, que faz o monitoramento e acompanhamento do paciente para saber se ele tem algum vínculo epidemiológico como, por exemplo, ter tido contato nos 21 dias anteriores com pessoas com caso confirmado ou suspeito da doença; ter viajado ou ter tido contato com pessoa que viajou para região endêmica da doença; e ter tido relações sexuais com múltiplos parceiros nos últimos 21 dias.
Nos casos suspeitos em que ainda não há confirmação da doença, a SMS orienta quanto a alguns cuidados como o uso de máscara, por exemplo.”Nós enviamos o material para o laboratório, orientamos o paciente quanto à questão do isolamento. Não tem um tratamento específico. Então, o tratamento vai ser de acordo com os sintomas. Geralmente, é uma doença que vem a se curar de forma espontânea”, ressalta a diretora de Vigilância em Saúde da SMS.
Texto: Ronaldo Palheta
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