Segundo pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica do paraense continua entre as mais caras. Em março deste ano, custou R$ 320,02 o que comprometeu cerca de 44,00% do salário dos trabalhadores.
Vários fatores são apontados para que o povo paraense continue pagando caro pela alimentação, dentre os quais a grande importação de alimentos de outros estados.
Somente nos três primeiros meses deste ano, a cesta básica dos paraenses – composta de 12 produtos – teve uma alta acumulada de preço de 4,03%.
No entanto, dois produtos básicos tiveram aumento bem acima da média e acima da inflação de 4,21 % (INPC/IBGE) calculada para o mesmo período: o arroz e o feijão.
Segundo o Dieese, a trajetória de alta no quilo do feijão ocorre desde o segundo semestre de 2014.
No final do ano passado, o quilo do feijão foi comercializado em média, nas feiras livres e supermercados, a R$ 3,25 e, em janeiro deste ano, já custava em média R$ 4,02. Já em fevereiro e março, média de R$ 4,29.Com isso o reajuste acumulado no quilo do feijão no primeiro trimestre de 2015 alcançou 32%.
Ainda segundo o Dieese o arroz também teve trajetória de preços bastante elevada nos tres primeiros meses de 2015, em Belém.
A alta no preço do arroz também já vem ocorrendo desde o final do ano passado, quando foi comercializado em média, nas feiras livres e supermercados, a R$ 2,06. Já no inicio deste ano, o quilo do arroz foi comercializado em média a R$ 2,09, depois a R$ 2,20, em fevereiro e março.
Com isso o reajuste acumulado no quilo do arroz no primeiro trimestre do ano alcançou 7,28%. Como nos três primeiros meses de 2015 o quilo do arroz teve reajuste acumulado bem superior a inflação e ao salário.
No mês passado, para adquirir o arroz nas quantidades prevista na cesta básica, o trabalhador paraense gastou R$ 7,96, com impacto em relação ao novo salário mínimo de 1,10%.
Finalmente, a tendência para o mês de abril ainda é de alta nos preços na maioria dos produtos da cesta básica.
Comentários com Facebook