Em sua terceira edição, a Exposição Fotográfica Cenas da Cidade traz o assunto Habitação de Interesse Social em Parauapebas, com o tema “Habitação e Seus Contrastes”. O evento terá abertura nesta segunda-feira (25), às 16 horas, no Centro de Desenvolvimento Cultural (CDC). As imagens escolhidas para a exposição revelam as precárias condições de moradia que viviam as famílias do Morro do Chapéu, a maior favela do município, situada às margens da PA 160, próximo ao bairro Casas Populares.
O trabalho artístico fotográfico foi realizado pelos fotógrafos do Coletivo Dois.8 – Anderson Souza, Felipe Borges e Irisvelton Silva. No projeto, os profissionais apresentam, por meio de suas lentes, as muitas dificuldades, esperanças e sonhos de um povo carente por políticas públicas.
A área do Morro do Chapéu, hoje conhecida por Alto Bonito, foi ocupada irregularmente em 2009 e lá viveram mais de mil famílias até o ano de 2013, quando foram remanejadas pela atual Gestão Municipal. No local está sendo construído o maior Projeto Habitacional de Interesse Social do Estado do Pará na modalidade de urbanização de assentamento precário. Após a conclusão da obra, os moradores retornarão para a área e viverão em um ambiente totalmente transformado.
O Residencial Alto Bonito prevê a construção de 2.400 unidades habitacionais, além de uma escola infantil, uma Unidade Básica de Saúde e a revitalização da Área de Preservação Permanente (APP) que também era ocupada e chamada, pelos moradores, por Baixão do Alto Bonito. As imagens selecionadas para exposição são um retrato fiel e em ordem cronológica (de 2011 a 2015) do cotidiano das famílias que habitavam o Morro.
“A nossa proposta é oferecer ao expectador uma reflexão das condições sociais que essas pessoas viviam por conta da ocupação irregular. Sendo que as consequências de uma ocupação pode ter um desfecho positivo como também negativo”, destaca o fotógrafo Anderson Souza, acrescentando que o Projeto Alto Bonito é uma iniciativa bem sucedida e que vai beneficiar milhares de famílias, contudo, “na maioria dos casos de ocupação irregular não há concordância entre as partes envolvidas”.
Em um contra ponto, os fotógrafos também apresentam as transformações da área com a implantação do projeto, construído em parceria com o Governo Federal (PAC2 e Programa Minha Casa Minha Vida), Governo Municipal e Caixa Econômica.
Para a secretária de Habitação, Maquivalda Barros, a proposta do Coletivo Dois.8 em retratar a Habitação de Interesse Social é uma oportunidade para que a sociedade possa compreender a importância do ordenamento e do planejamento territorial de uma cidade e o quanto as ocupações irregulares geram perdas para a população em geral, tanto do ponto de vista social, econômico e ambiental.
Arte: Coletivo 2.8 Jéssica Borges Assessoria de Comunicação | PMP
Comentários com Facebook