Cerca de mil alunos continuam sem aula. Inconformados, pais e professores se juntaram aos estudantes em protesto
Estudantes, professores e pais de alunos de uma extensão da Escola Estadual Eduardo Angelim, em Parauapebas, bloquearam na tarde de quinta-feira (6) a rodovia PA-160 em protesto contra o governo do Estado. É que segundo os manifestantes, desde abril deste ano foi prometido que um prédio seria alugado para funcionar a extensão da escola, mas até agora isso não aconteceu e cerca de mil alunos continuam sem aula e temem perder o ano letivo.
O que causou ainda mais revolta aos alunos e professores é que o prédio prometido já está até com uma faixa de aluguel, o que indica que o Estado não fechou negócio. Segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) em Parauapebas, Rosemiro Laredo Fiel, até agora não existe nada de concreto com relação à situação deles, inclusive ontem tiveram uma reunião na sede escola, mas nada foi definido.
De acordo com ele, a direção da escola diz que não poderia dar nenhuma previsão de quando as aulas do anexo vão começar. Por conta disso, alunos, professores e pais dos alunos se revoltaram e resolveram bloquear a rodovia para tentar chamar atenção da sociedade e das autoridades para a situação deles.
“Já pensou, o calendário escolar do Estado começou no dia 9 de março e já estamos em agosto e, até agora, esses alunos não tiveram uma aula sequer”, denuncia o coordenador, observando que o governo prometeu entregar um prédio com toda infraestrutura para funcionar esse anexo.
Ele conta que foram feitas exigência ao proprietário, que as atendeu, e depois veio uma equipe do governo e avaliou que o preço do aluguel que estava sendo pedido era muito alto em relação à estrutura do local. “Agora, não sabemos o que vai acontecer”, diz o professor, lembrando que se os outros alunos do Estado já foram prejudicados com a greve, os do anexo do Eduardo Angelim podem perder o ano letivo.
De acordo com o coordenador, parte desses alunos irá prestar vestibular e fazer o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. “Como é que esses alunos vão fazer vestibular, se ainda nem tiveram aula”, questiona Rosemiro.
Os manifestantes atearam fogo em pneus para fechar a rodovia. Uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local e apagou as chamas logo após o fim da manifestação. O CORREIO tentou, mas não conseguiu ouvir a Secretaria Estadual de Educação sobre o assunto.
(Tina Santos)
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