É impossível estabelecer uma conexão com alguém sem saber como anda seu humor. Conhecer sua alma. Está perto do seu dia a dia o suficiente para saber como essa pessoa está se sentindo com relação às circunstâncias de sua vida. E não só a dela. É necessário auscultar a percepção sobre sua família, do seu grupo social, do sua comunidade, a cidade onde mora, seu ambiente de trabalho. É importante saber o que tem ocasionado sua satisfação e insatisfação; como lembra ou idealiza o passado; como o compara ao presente e como projeta o futuro. A partir dessas informações podemos desvendar o que ocorre no coração e na mente das pessoas enquanto elas desempenham seus papéis interagindo na sociedade.
O sistema político democrático permite ao mesmo tempo que obriga a esse exercício. Nada mais fascinante. A partir de agora, treze meses antes das eleições municipais, a paixão política começa a aflorar; como uma entorpecência uma parte da sociedade começa a exercitar o mais dinâmico dos movimentos sociais. O que se esconde na subjetividade do voto é a confiança condicionada ao conhecimento mútuo. O sucesso de um projeto político está além do conhecimento dos problemas que afetam uma sociedade, ela, não espera o inicio das campanhas para elaborar suas avaliações, percepções e emoções sobre os fatores que irão interferir, mais adiante, na decisão do voto.
Edneis Barbosa
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