Após receber denúncias de adulteração e uso de papel higiênico no açaí vendido em um ponto de venda do município de Parauapebas, o Departamento de Vigilância Sanitária realizou uma fiscalização nos batedores de açaí, onde coletou amostras que foram enviadas para Belém para a realização de exames. No total, os oito pontos onde foram coletadas as amostras apresentaram resultados positivos de contaminação. “Todos os estabelecimentos que coletamos tiveram resultados positivos pra coliformes fecais. O exame foi realizado ainda no primeiro semestre deste ano. Depois desse resultado, a Vigilância Sanitária promoveu um curso especifico de manipulação para batedores de açaí, para ensinar a bater o produto com mais higiene. Depois do curso fizemos novamente a coleta e estamos esperando o resultado’’, explica a coordenadora da Vigilância Sanitária de Parauapebas, Vanessa dos Anjos.
Segundo a coordenadora, além dos coliformes fecais, um ponto de venda apresentou contaminação por Salmonela (bactéria que atua no intestino e causa intoxicação alimentar, onde se multiplica podendo entrar na corrente sanguínea e atingir outros órgãos). Neste ponto especifico, os produtos foram apreendidos e a venda suspensa. O dono do estabelecimento também participou do curso de manipulação.
Para a realização desse segundo exame, a Vigilância Sanitária coletou amostras novamente nos oito pontos identificados como resultados positivos de contaminação e ainda acrescentou outros sete pontos, um total de 15 amostras. O resultado da nova análise deve sair no mês de outubro.
A coordenadora explica que a vigilância faz uma fiscalização de monitoramento em todos os pontos de vendas de açaí e solicita a colaboração do consumidor. “Estamos preocupados com o produto oferecido na cidade. As pessoas que consomem açaí podem nos ajudar, verificando se o ponto de venda onde é adquirido o produto possui licença sanitária do ano vigente, a higiene do local, vestimentas do batedor. A licença sanitária, por lei, tem que estar fixada em local visível”, esclarece Vanessa.
O Ministério da Saúde alerta quanto à falta de higienização no processamento do alimento, pois ele tem sido transmissor da doença de Chagas, infecção causada por protozoário e transmitida por insetos, por contato com as fezes do barbeiro, seja pela pele ou via oral. Ainda segundo o Ministério da Saúde, mais de 90% dos casos da doença – relacionados a alimentos contaminados – têm sido registrados, especialmente na Amazônia.
Fonte: Correio do Pará
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