A Polícia Civil instaurou inquérito policial para apurar a morte da estudante Taiane Brito de Miranda, de 19 anos, atropelada por um motorista ainda não identificado na tarde de domingo (11). O filho dela, de apenas quatro meses, que estava no colo da mãe, segue internado no Hospital Municipal de Marabá (HMM).
O marido da vítima, Jeferson Souza Costa, registrou boletim de ocorrência na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, informando que os três retornavam a pé do Balneário Vavazão, por volta das 16h30, pela Avenida Antônio Vilhena, quando ela foi atingida por uma caminhonete L200 Triton, de cor preta.
Taiane, gravemente ferida, foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Regional do Sudeste do Pará, onde não resistiu e morreu logo após dar entrada, por traumatismo craniano. O marido informou, ainda, que o motorista do automóvel não socorreu as vítimas e que não foi possível identificar a placa da caminhonete.
A avó da estudante, Dina Rosa Souza, informou a reportagem, que o motorista da caminhonete dirigia de forma perigosa quando o acidente aconteceu. Segundo ela, o veículo já havia passado pelas vítimas e em seguida retornou fazendo a manobra conhecida como “cavalo de pau”. “Ele fez um, fez dois e no terceiro ele pegou ela por trás. Ela passou por cima do carro e bateu no poste, aí já caiu com a cabeça sangrando por todo lado”, informou a avó.
Ainda segundo ela, o bebê foi arremessado para o matagal ao lado da rua e o marido da vítima fatal foi atingido na perna, mas sem gravidade. “O bebê está no hospital porque há desconfiança de algo na cabeça dele, ainda vai passar por exame”, comentou Dina. De acordo com ela, testemunhas informaram que o motorista do veículo apenas abriu o vidro e levou à mão à boca, aparentando estar assustado. Em seguida fugiu.
“Disseram que ele mora no (Bairro) Liberdade mesmo, mas ainda não sabemos quem foi ele. Acho que ele estava bêbado ou drogado para agir assim. Foi um crime bárbaro”, disse. De acordo com Dina, os dois jovens estavam juntos há aproximadamente cinco anos e recentemente tiveram o primeiro filho. “Ela estava estudando, aí tinha dado uma parada para cuidar do filho deles”, comentou.
O crime chocou os familiares. A avó disse ter ficado assustada quando viu a neta, com um buraco na cabeça. Ela diz esperar que justiça seja feita. “Agora vão ficar só os dois (pai e filho), sem ela”, finalizou. O corpo de Taiana foi removido do Hospital Regional pelo Instituto Médico Legal e em seguida entregue aos familiares, sendo sepultado nesta segunda-feira.
(Luciana Marschall)
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