Grávida é baleada pelo pai da criança que carrega no ventre
A menor escapou da morte por um triz, mas segue internada no Hospital Regional, onde passou por cirurgia cesárea e no cérebro
Uma adolescente de 17 anos precisou ser submetida a uma cirurgia cesariana, seguida de uma neurocirurgia, no Hospital Regional do Sudeste do Pará, na tarde desta segunda-feira (7), após ter sido baleada na cabeça. O responsável pelo crime seria o próprio companheiro, pai do bebê, que nasceu com 35 semanas. Segundo fontes de dentro do hospital, familiares da jovem teriam informado que ela foi até um bar chamá-lo para ir para casa, ao que ele, irritado, sacou a arma e efetuou o disparo.
O caso teria ocorrido em Marabá, mas até a noite de ontem a informação não havia sido confirmada pela Polícia Civil. Em contato com o superintendente do Sudeste do Pará, delegado Marcelo Delgado, a reportagem foi informada de que ele ainda não tinha recebido notícia sobre o caso, nem da cidade e nem proveniente dos municípios vizinhos. No entanto, assumiu o compromisso de solicitar que a equipe de plantão da 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil fosse ao hospital, ainda na noite de ontem, para apurar o caso.
Já as ligações feitas ao Núcleo Integrado de Operações Policiais (Niop-190) não foram completadas. De acordo com as informações colhidas junto às fontes, a vítima deu entrada na casa de saúde ainda pela manhã. Em seguida foi realizado o parto da criança, uma menina, que passa bem. A vítima então passou por uma neurocirurgia, sendo que o projétil que a atingiu irá permanecer alojado no cérebro, por estar muito profundo e não haver forma segura de retirá-lo.
Apesar da profundidade, a bala não afetou as principais funções, mas ainda é cedo para saber se a jovem irá apresentar alguma sequela após a recuperação. O quadro dela, na noite de ontem, era estável e a vítima sequer precisou ser entubada após o procedimento.
Embora o caso tenha ocorrido em via pública, como informado por familiares da adolescente, não houve repercussão a respeito do fato durante o dia nesta segunda. Apenas pela noite alguns dados, assim como a foto de um suspeito, começaram a circular em mensagens do aplicativo WhatsApp. Além da foto do homem que seria o companheiro da vítima, e pai do bebê, circulou também uma imagem que seria da própria criança no hospital. Também a informação, não confirmada, de que o crime se deu na Folha 6 da Nova Marabá.
(Luciana Marschall)
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