O prazo para que as autoescolas se adequem a Resolução do Contran que exige o uso do equipamento termina dia 31 de dezembro
O prazo para as autoescolas de todo Brasil cumprirem Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) sobre a obrigatoriedade no uso de simuladores como parte da formação de futuros condutores expira no dia 31 de dezembro – daqui a dois dias. Tudo indica, porém, que poucas conseguiram se adequar à nova legislação. É o caso de Marabá, e Parauapebas onde nenhuma das autoescolas visitadas pela Reportagem tinha o equipamento.
Segundo a Resolução nº 543/2015, do Contran, são exigidas pelo menos cinco horas-aula na carga horária em simulador de direção veicular na formação do candidato à obtenção ou adição de Categoria “B” da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A ideia é que o aluno utilize o novo equipamento após o término das aulas teóricas e antes de ganhar às ruas como condutor habilitado.
Em entrevista ao CORREIO, o Presidente do Sindicato do Centro de Formação de Condutores do Pará (SindCFC-PA), Edir Rodrigues Martins, afirmou que a entidade está em negociação com uma empresa afim de adquirir o equipamento para seus filiados por um preço menor que o de mercado, que custa R$ 40 mil.
“Comprando em bloco conseguimos melhores condições de preço. Nossa previsão é que até o dia 1º de fevereiro o novo sistema de aulas já estará em pleno funcionamento nas autoescolas de Marabá. Antes disso, é praticamente impossível. Mas, a tendência é de que compremos um equipamento que seria compartilhado por várias autoescolas”, avalia Edir, dizendo contar com a flexibilização do prazo por parte do Contran.
Mesmo questionado, ele, porém, preferiu não revelar o nome da empresa com a qual estão sendo negociados os simuladores. Ainda de acordo com Edir, o Pará possui 204 Centros de Formação de Condutores (CFCs), sendo 170 filiados ao sindicato.
Além o preço alto, o uso do simulador vai demandar uma nova carga horária aos instrutores. Para driblar os altos custos, Edir Martins explica que, aqui em Marabá, os CFCs optaram pelo uso compartilhado do equipamento. “Vai ter uma central para atender a região de Marabá. Estamos em fase de negociação de custo total do material para sabermos de quanto será o investimento. Lá pela segunda quinzena de janeiro o equipamento já deve estar em funcionamento”, assegurou.
Para os candidatos que pretendem obter a carteira de habilitação, categoria B, é bom ficar atento e se planejar, uma vez que o valor do curso deve aumentar sensivelmente. “Hoje, com a carga horária completa, seria cobrado R$1.700, em média. Com a carga horária maior, devido a telemetria (aulas filmadas), biometria e simulador, o valor pode subir para R$2.400”, calcula Edir.
Síntese – A ideia é que o aluno utilize o novo equipamento após o término das aulas teóricas e antes de ganhar às ruas como condutor habilitado
(Jackeline Chagas)
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