De acordo com o coordenador do Sintepp, Rosemiro Laredo, o acordo foi protelado pelo governo municipal não chegando ainda a um acordo quanto ao acordo de reajuste salarial nem de Vale Alimentação.
Foram três as rodadas de negociação, sendo que na primeira, ocorrida no dia 2 de março, o governo apenas recebeu a proposta do sindicato que foi de 19,46% de reajuste salarial e uma alteração de R$ 450 para R$ 616 de Vale alimentação; na segunda foi a vez do governo apresentar sua contra proposta de 4% de reajuste salarial e uma alteração de R$ 450 para R$ 480. Valores que foram apresentados em assembleia e rejeitados pelos trabalhadores na educação pública.
Na terceira mesa de negociação o governo iniciou com 6% de reajuste salarial, subindo para 7% no final da reunião, com o Vale Alimentação de R$ 480; porém o sindicato da categoria manteve a proposta inicial de 19,46% de reajuste salarial e uma alteração de R$ 450 para R$ 616 de Vale alimentação.
E de novo em assembleia, a categoria não aceitou; o que gerou a quarta rodada de negociação. Nesta, ocorrida no dia 31 de março, o sindicato cedeu baixando para 17,37% de reajuste salarial e o Vale Alimentação de R$ 550. Em contraproposta o governo subiu para 11,27% de reajuste salarial e baixou sua proposta referente ao Vale Alimentação de R$ 480 para R$ 445, proposta que foi rechaçada pela categoria que decidiu em assembleia entrar em ESTADO DE GREVE. “Negociação é quando se trata de reajuste, e aqui estamos tratando apenas de perda pelos índices inflacionários. Reajuste é o que vem acima disto”, resume Rosemiro Laredo.
E foi em virtude da retirada do governo da mesa de negociação do Reajuste Salarial 2016 que o SINTEPP – Subsede Parauapebas aprovou em assembleia geral com os trabalhadores na educação entrar em greve.
A medida será tomada a partir do dia 6, quarta-feira, ocasião em que as atividades nas unidades de ensino e setores serão paralisadas; porém o 3º turno deverá paralisar amanhã, 5, terça-feira, tendo como objetivo levar os servidores em educação para participarem de um ato que ocorrerá na Câmara Municipal no momento da sessão que inicia as 16h.
Durante a greve, de acordo com coordenador da entidade em Parauapebas, Rosemiro Laredo, os servidores da educação contratados podem ter liberdade para participar da greve, pois caso algum deles seja demitido o sindicato entrará com ação sob a alegação de assédio moral. “É muito normal que esses trabalhadores contratados sofram ameaças e coação para não participarem do movimento de greve, mas estamos atentos a isso”, esclareceu Rosemiro, detalhando que a parte da pauta de reivindicação que trata de reajuste salarial contempla a todos, inclusive os que estão em cargos comissionados.
A greve, segundo o sindicato da categoria, não se dá apenas em função do descontentamento da categoria ao reajuste que fere a lei do PISO, mas também em razão da pauta sindical e social da educação; e de acordo com nota do SINTEPP não será aceito qualquer parcelamento do
reajuste, uma vez que o oferecido pelo governo municipal não é ganho real, mas apenas correção do índice inflacionário (11,27%).
Ainda de acordo com a entidade sindical que representa a classe educadora, o índice do PISO EDUCACIONAL é 11,36%, e lembram que o governo ficou devendo 3,01% do reajusto do Piso de 2015 que somado ao de 2016 chega a um reajuste de 14,37%. “A greve da educação é o último recurso dos trabalhadores e acontecerá não apenas pelo REAJSUTE SALARIAL, mas também por valorização profissional e melhores condições de trabalho”, conclui Rosemiro, pedindo apoio da categoria e da sociedade na busca do fortalecimento da escola público e um ensino público de qualidade social para as crianças, jovens e adultos do município de Parauapebas. (Francesco Costa)
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