O Pará registrou 3.130 casos de dengue, 80 de zika e onze de febre chikungunya entre os dias 1º de janeiro e 25 de maio deste ano, segundo o oitavo Informe Epidemiológico de 2016 emitido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) sobre as ocorrências confirmadas das três doenças que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (30).
Dos municípios paraenses com maior ocorrência da dengue, Belém continua a liderar o ranking, com 406 casos confirmados, seguida por Alenquer (289), Oriximiná (256), Pacajá (199), Parauapebas (165), Novo Repartimento (162) e Marabá (117). Em todo o Estado, não houve registro de mortes por dengue em 2016.
Para a confirmação de óbitos é necessária a investigação epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios credenciados do Estado – como o Laboratório Central (Lacen) e Instituto Evandro Chagas (IEC) –, que são preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue. O procedimento garante o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Ocorrências
O vírus da febre chikungunya já foi confirmado onze vezes no Pará este ano, por meio de critério laboratorial adotado pelo IEC: dois casos importados ocorridos em Belém e cinco autóctones – quando a doença é contraída na própria cidade e não vem de pessoas que viajaram para regiões afetadas – no Estado, em Cametá e Marituba. Em 2015, 14 casos importados da doença foram confirmados no Pará.
Os vírus da dengue, chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e levam a sintomas parecidos, como febre e dores musculares, mas as doenças têm gravidades diferentes, sendo a primeira a mais perigosa. A dengue, que pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes do vírus, é caracterizada por febre repentina, dores musculares, falta de ar e moleza. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.
A chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre dez e 15 dias, mas as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras. Já a febre por zika leva a sintomas que se limitam a, no máximo, sete dias e não deixa sequelas. Este ano, não há registro de casos de morte provocados pela doença no Pará.
A Sespa também deixa claro que a preocupação com a zika segue os mesmos procedimentos em relação à dengue e chikungunya. Só em 2015, foram registrados 42 casos da doença no Estado. Neste ano, até o momento, 80 ocorrências foram confirmadas pelo IEC, mediante critério laboratorial. O tratamento para a zika é apenas paliativo, de suporte e de correção de sequelas. Logo, é preciso diminuir a incidência do mosquito transmissor. Em 2016 não houve morte por zika no Pará.
( Agência Pará)
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