Dando continuidade à ação integrada entre Ministério Público, Justiça Eleitoral e Polícia Civil, que teve início na última sexta-feira (29), quando foram apreendidos materiais gráficos com conteúdo difamatório aos pré-candidatos a prefeito de Parauapebas Darci José Lermen (PMDB) e Marcelo Catalão (DEM), ocorrida na “Arte’s Gráfica”, que fica localizada no Bairro da Paz em Parauapebas, de propriedade do homem identificado como Welbert de Aguiar Leite, no final da tarde de ontem terça-feira, 02, autoridades do Tribunal Regional Eleitoral e a Polícia Civil apreendeu, em dois comitês do Partido Socialista Democrático (PSD), oito CPUs com materiais que supostamente denigrem a imagem dos mesmos pré candidatos. Além dos equipamentos de computação, a polícia apreendeu anotações de perfis falsos nas redes sociais.
De acordo com Gabriel Henrique Diretor, diretor da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil em Parauapebas, após a primeira ação integrada, que culminou na apreensão de três computadores, condução do proprietário da gráfica e de seus funcionários, onde foram ouvidos em depoimento no inquérito policial instaurado, a equipe do delegado Gabriel Henrique chegou aos dois comitês, um localizado na rua G, Cidade Nova e o outro na rua 7 de Setembro, no bairro Rio Verde. No primeiro a policia apreendeu mais três CPUs. Já no segundo, outros cinco computadores. Antes da varredura nos dois comitês a polícia esteve em uma empresa de um pré-candidato a prefeito de Parauapebas e tomou conhecimento que parte dos equipamentos haviam sido retirados de lá e levados para o comitê da rua G, logo após a ação policial de sexta-feira.
Entretanto, antes de deixar o pátio da empresa os policiais realizaram uma varredura no local e encontraram anotações que confirmam e caracterizam que o material estava sendo usado nas redes sociais, configurando difamação (Art. 324, do código eleitoral: caluniar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando fins de propaganda, imputando-lhe falsamente fato definido como crime, sob pena de detenção de seis meses a dois anos).
Segundo o delegado, com base nas anotações encontradas confirma-se que, para a ação delituosa, cerca de 10 pessoas teriam sido contratadas por 1500,00 reais /mês cada, com a função de criar perfis falsos no Facebook e divulgar nos grupos comentários maliciosos contra os pré candidatos mencionados.
Ainda segundo o delegado, o material apreendido será encaminhado para o Instituto Renato Chaves, em Marabá, onde será periciado. “As investigações iram continuar. A Polícia Civil, juntamente com o Ministério Público, e a Justiça Eleitoral não irão parar e se houver mais denúncias de fraude ou divulgação de noticias difamatórias em relação a pré-candidatos ou a candidatos serão apuradas e se chegarmos à autoria do crime o mesmo será autuado. Essa conduta pode levar a pessoa a ser enquadrada por associação criminosa como também ao crime eleitoral por calunia, difamação e injuria,” ressaltou Gabriel Henrique, acrescentando que alguns dos envolvidos já foram identificados e serão intimados a comparecerem na delegacia. (Caetano Silva)
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