As Centrais Elétricas do Pará (Celpa), responsáveis pelo fornecimento de energia no estado, emitiram um comunicado em suas redes sociais para alertar os jogadores de Pokémon Go sobre os perigos de caçar monstrinhos virtuais perto da rede elétrica. Na postagem, a empresa pede que os jogadores jamais entrem em subestações para pegar os monstros de bolso, já que há risco de acidentes fatais nestes lugares.
“Pokémon Go” foi lançado oficialmente no Brasil nesta noite de quarta-feira (3). O jogo de realidade aumentada combina o uso do celular e lugares reais, simulando a jornada dos personagens do popular videogame: você tem que andar pela cidade com o celular para capturar pokémons e obter acessórios.
“Bulbassalto”
Segundo o universitário Matheus Oliveira, porém, o perigo maior das jornadas pokémon é a criminalidade. “Na esquina do condomínio onde moro tem um pokémon aguardando ser capturado, mas o perigo do lugar desencoraja qualquer um. Acho que ele vai ficar lá por bastante tempo”, disse o estudante.
Nas redes sociais, o assunto virou tema de diversas montagens, que brincam com a possibilidade do surgimento de monstros em locais soturnos e inseguros. Na Universidade Federal do Pará, estudantes são orientados a prestar atenção aos arredores duranta a caça aos monstrinhos, já que o campus é um prato cheio para os treinadores.
“Nossa maior orientação neste primeiro momento é para que os jogadores tenham cuidado, pois o maior risco são os acidentes como atropelamentos, quedas ou mesmo acidentes que possa ocorrer na orla do campus, que é proibida para banho por ser perigosa. No mais, vamos acompanhar e avaliar medidas que possam ser necessárias para aperfeiçoar a segurança da universidade”, disse Antônio Costa, da diretoria de segurança da instituição.
Mesmo sem ter passado por qualquer situação adversa, Antônio Nogueira Neto diz que evita usar o celular em público, e que por isso sua coleção ainda é pequena. “Peguei poucos pokémons, apenas 10. Não vou me arriscar e ficar saindo por Belém com o celular à mostra”, conta.
Já a universitária Adrya Thalyssa Freitas, de 20 anos, quase perdeu o celular ao tentar “pescar” um pokémon dentro da piscina. “Eu tô adorando. Baixei ontem e tô passando o dia inteiro com o aplicativo aberto no celular, esperando eles aparecerem.. Por enquanto o local mais inusitado foi na psicina do prédio. Minha opção era entrar na piscina com o celular, mas dei um jeito”, conta a jovem.
“Eu escolho você”
Estes obstáculos, porém, não impedem os jogadores de realizarem um sonho de infância, como explica o pesquisador Tarcízio Macedo, da UFPA. “A realidade aumenta no celular permite que pessoas realizem um antigo desejo, ou até mesmo sonho, de se tornar um treinador de pokemóns. Permite que os jogadores cacem pokemóns em casa, no quintal ou na universidade. Esses elementos – a realidade aumentada e o fascínio pelos pokemóns – fazem com que os jogadores mergulhem e se tornem cada vez mais imersos no jogo”, afirma.
Para Antônio Neto, a popularidade do aplicativo também se deve ao contato entre jogadores. “O jogo implementa realidade aumentada de uma maneira diferente, fazendo com que os jogadores possam interagir fisicamente entre si de uma maneira divertida”, destaca o jovem.
Segundo Adrya, um dos apelos do jogo é a nostalgia. “Me recorda a infância, em que ficava ligada na TV torcendo e querendo participar, e capturar muitos pokémons. Agora com o jogo ao nosso alcance é muito divertido poder fazer parte deste mundo”, destaca.
“Isso é o sonho de quem é ou já foi criança na nossa geração. Pra mim, capturar um Charmander é uma atividade muito nostálgica”, concorda Matheus, que ainda vê outro benefício na nova mania: “Acho que essa procura será um incentivo maior para passearmos em bosques e praças pela cidade”, disse.
Do G1
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