Todo mês é o mesmo incômodo para as mulheres, quando elas começam a sentir aquelas dores tão conhecidas: as cólicas menstruais. O problema, chamado de dismenorreia, atinge metade de todas as mulheres na idade fértil e pode ter diferentes sintomas. Segundo o ginecologista Antônio Sérgio Gaspar, além das dores, o problema causa náuseas, vômito, diarreia e até enxaqueca.
O tipo de cólica também varia. “A mais simples e comum é a cólica primária, que sempre ocorre com pessoas que têm ciclos menstruais normais”, explica o médico. Nessa categoria, é normal a mulher sentir dor desde as primeiras vezes em que menstrua, mas a intensidade e a frequência vão diminuindo com o tempo e podem, inclusive, desaparecer depois da primeira gravidez.
ALERTA
É com a cólica secundária que a mulher deve se preocupar, caracterizada por dores mais intensas e frequentes que podem aparecer em qualquer fase da vida feminina. Nesses casos, procure uma avaliação médica. “Esses casos indicam alterações no corpo, como miomas uterinos, cistos ovarianos, endometriose, infecção ou mesmo uma anormalidade anatômica no útero ou na vagina”, alerta o ginecologista. Os tratamentos vão desde o uso de medicamentos a procedimentos cirúrgicos, de acordo com o diagnóstico.
Independentemente dos sintomas, é fundamental ir ao ginecologista ao menos uma vez no ano desde a menarca (primeira menstruação) ou assim que sentir alguma alteração no corpo. Só assim é possível ter certeza do tipo da cólica e como se tratar de forma segura. “As cólicas podem causar transtornos, como afastamento do trabalho e da escola, mas são tratáveis e curáveis. Só precisa consultar o médico”, diz Gaspar.
(Alice Martins/Diário do Pará)
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