Sementes e mudas de cerca de 70 espécies florestais nativas, frutíferas e também ameaçadas de extinção estão sendo utilizadas para o trabalho de recuperação de áreas degradadas, em Ourilândia do Norte. A iniciativa vem sendo realizada pela Vale há mais de cinco anos em áreas localizadas próximas às comunidades, terras indígenas, áreas de preservação permanente e Reservas Legais, localizadas em áreas da Vale, no entorno de Onça Puma.
Somente de janeiro a junho deste ano, 34 hectares de áreas desprovidas de vegetação, como taludes e áreas utilizadas em obras de terraplanagem (corte e aterro), bem como pastagens, já foram revegetadas. Isso equivale a 34 campos de futebol do tamanho do Maracanã.
O engenheiro florestal Tércio Koehler destaca que um dos principais benefícios deste programa é a preservação de espécies florestais e transmissão de seu germoplasma para as futuras gerações e a melhoria das condições das águas, pois a vegetação reduz o carreamento de sedimentos para as bacias hidrográficas da região. “Também ganhamos com o retorno da fauna terrestre e aquática, melhorando as condições de caça e pesca para as comunidades tradicionais. E os seus, os meus, os nossos filhos poderão conhecer pássaros como Mutum, animais como uma Anta e árvores como um Mogno. Poderão desfrutar do sabor de uma castanha-do-Pará e não somente ver uma foto nos livros, pois estamos criando condições hoje para que isso aconteça no futuro”, complementa.
Ainda de acordo com Koehler, a estimativa é de que em, aproximadamente, 20 anos as áreas que foram revegetadas agora estejam em estágio avançado de recuperação. “Mas existem muitas variáveis que contribuem positiva ou negativamente para o sucesso da recuperação de áreas e o fator de maior risco que temos aqui são as queimadas provocadas pelo homem”, afirma.
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