O movimento no comércio de Parauapebas, às véspera do Dia das Crianças, comemorado nesta quarta-feira (12), ainda está baixo do esperado pelo setor lojista. Os indicativos apontam que as vendas devem ter queda acentuada em relação ao ano passado, quando já ficou abaixo do ano anterior.
A crise que afeta a economia brasileira, com impactos devastadores sobre o mercado local, que tem sua matriz econômica baseada no setor mineral, também afetado pela retração do setor em nível internacional, está levando muitos pais a optar por presentes de menor valor. A prova disso, é que o maior movimento de compras está sendo registrado nas lojas populares da área comercial da cidade, que vendem produtos importados, com preços a partir de R$ 2,25.
Segundo a proprietária de uma loja popular no centro do Bairro Rio Verde, Janine Kayla Guimarães Modesto, para tentar atrair a clientela, além de colocar o produto em exposição até na calçada, eles apostaram na interatividade com os clientes e animação com palhaços, para descontrair a criançada enquanto os pais fazem as compras. Ela observa que a situação do comércio já esteve bem pior este ano, mas agora começa a reagir e espera que até o final do ano a realidade mude.
“Acho que o pior já passou e agora esperamos que as coisas melhorem, porque o cenário era desanimador”, diz ela, observando que até o dia das crianças a loja montou uma seção, onde a garotada brinca e faz pintura facial.
Para conquistar os pais que deixam tudo para cima da hora, muitas lojas vão abrir as portas no feriado do dia 12. A maioria vai funcionar até meio dia, na área comercial da cidade, mas alguns comerciantes decidiram funcionar o dia todo, na expectativa de vender pelo menos parte do estoque de presente adquirido para a data.
Quem se antecipou na compra do presente aproveitou para pechinchar e conseguir preços mais em conta. Este foi o caso do casal Aceilda de Sousa Silva e Robson Muniz, que tiraram a segunda-feira (10) para pesquisar preço a fim de comprar o presente dos filhos. Segundo ela, o marido está desempregado e a solução, para não deixar os filhos sem persente, é procurar preço que caiba no orçamento.
“O preço tem que ser bem barato, para poder comprar uma lembrancinha para cada um”, frisou ela, que tem quatro filhos.
Em todo o País, a previsão é de queda nas vendas para o Dia das Crianças. Segundo a pesquisa da Federação Nacional do Comércio para a data, as vendas devem ter queda de 21% em relação a 2015.
Em 2015, 70% dos entrevistados se mostraram dispostos a comprar um presente. Em 2016, 49% das pessoas entrevistas pelo estudo disseram que pretendem fazer alguma compra estimuladas pela data. O número de indecisos é de 6%.
(Tina Santos e Ronaldo Modesto)
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