O empresário Marcelo Braga, 38 anos, gasta por semana, em média, R$200 para abastecer o seu veículo. “Carro hoje é uma necessidade, não é vaidade”. Entretanto, Marcelo pode ter de pagar ainda mais pelo combustível. Isso porque ontem começou a vigorar o novo preço de pauta. Assim, a cada litro de combustível, R$ 1,149 é referente ao Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Antes, o valor era de R$ 1,11. Se esse aumento for repassado para o consumidor, pode vir mais um reajuste no preço do combustível por aí.
Para protestar contra o novo preço de pauta, cerca de 30 postos de combustíveis da Região Metropolitana de Belém (RMB) estão fazendo uma campanha, com o auxilio de faixas nos postos, para informar que o valor também pesa no bolso dos empresários.
PREÇO
O Pará é o 2° no ranking dos Estados que venderam o combustível mais caro do Brasil, em janeiro passado, ficando atrás do Acre. “A campanha busca conscientizar o consumidor sobre os valores do combustível no Pará, que refletem a grande carga tributária existente”, diz Pietro Maneschy, advogado do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e Lojas de Conveniências do Pará (Sindicombustíveis). Ainda não foi definido se o aumento no preço de pauta será repassado para o consumidor e de quanto seria esse reajuste.
CONSUMIDORES RECLAMAM
– O design Luiz Junior, 28, enquanto abastecia em um posto da Duque de Caxias, disse temer que tenha reajuste no preço do combustível. “Já pagamos muito caro pela gasolina”, lamenta. Ele gasta, em média, R$ 150 por semana, para se locomover do trabalho, que fica em São Brás, para a sua casa, na Marambaia.
– A militar Claudiane Soares, 44, gasta R$60 por semana e discorda do valor do ICMS. “Isso é um absurdo. Esse dinheiro não é revertido para a população”.
(Roberta Paraense/Diário do Pará)
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