A Polícia Civil deu cumprimento, nesta sexta-feira, 28, a dois mandados de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão referentes ao inquérito sobre a morte de Waldomiro Costa Pereira, que foi assassinado a tiros, dentro do Hospital Geral de Parauapebas, sudeste do Pará, em 20 de março deste ano. Os dois presos são o guarda municipal de Parauapebas, Lionício de Jesus Souza, conhecido por “Lion”, e Francisco Ubiratan Silva da Silva, conhecido como “Bira”, acusados de serem os executores do crime. A vítima era assessor no gabinete do prefeito de Parauapebas, Darci Lermen, e foi ligado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na região.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, três armas de fogo foram apreendidas e encaminhadas para perícia de comparação microbalística no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, para verificar se foram usadas no crime. A operação foi coordenada pelo delegado Dauriedson Bentes, da Divisão de Homicídios de Belém, e contou com apoio de policiais civis da Superintendência da Região Sudeste do Pará e do Grupo de Pronto Emprego (GPE) da Polícia Civil. Cinco pessoas invadiram o HGP durante a madrugada e assassinaram Waldomiro.
Um dos locais alvos da operação foi a casa de um sargento da Polícia Militar do Pará, lotado em Parauapebas, que está sob investigação. O nome do sargento não foi divulgado. Os outros dois mandados foram cumpridos nas residências dos presos. A motivação do crime está ligada a questões de conflitos agrários na região. Segundo o delegado, que está responsável pelo inquérito do caso, a morte de Waldomiro teve a ver com a ligação que ele tinha com o Movimento Sem Terra, onde ele era considerado um dos comandos do Movimento.
No dia 18 de março deste ano, a fazenda Serra Norte, em Eldorado dos Carajás, foi atacada e um vaqueiro do local foi alvejado a tiros, mas sobreviveu. Esse fato, detalha o delegado, foi o estopim para uma tentativa de homicídio sofrida por Waldomiro Pereira no mesmo dia, em Eldorado dos Carajás, onde a vítima tinha uma residência. A vítima foi socorrida com vida até Parauapebas, onde dois dias depois, foi morta dentro do hospital por cinco homens armados com pistolas e revólveres.
Segundo o delegado, o grupo tentou matar Waldomiro como retaliação pelo ataque sofrido na fazenda. Com Francisco foi apreendido um revólver calibre 38 com mais de 40 munições de diversos calibres. Assim, ele foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e munição. Com o guarda municipal foi apreendida uma pistola calibre 380 com três carregadores com 13 munições. Na casa do sargento, foi apreendida uma pistola calibre ponto40. Nos dois últimos casos, as armas estavam com porte legal. As investigações sobre o crime continuam.
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