A polícia prendeu, na manhã desta quarta-feira (6), o traficante Rogério Avelino dos Santos, o Rogério 157. Ele foi preso na comunidade do Arará, na zona norte do Rio, durante uma megaoperação das forças policiais nas favelas da capital fluminense.
Rogério 157 é suspeito de liderar uma invasão à favela da Rocinha pelo controle do tráfico de drogas na comunidade. Ele estava foragido e era o criminoso mais procurado no Rio. A Secretaria de Segurança Pública chegou a oferecer R$ 50 mil de recompensa pelo paradeiro dele.
Segundo a polícia, o traficante não ofereceu resistência à prisão e foi encaminhado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho.
GUERRA NA FAVELA
Desde setembro, a Rocinha é palco de tiroteios e assassinatos. Isso porque houve uma disputa territorial pelo comando da venda de drogas entre os traficantes Nem e Rogério 157. A partir dessa disputa, a crise da segurança se espalhou por ao menos outras seis favelas do Rio.
Nem que até então era líder da facção ADA (Amigos dos Amigos), foi preso em 2011. Segundo as investigações da polícia, de lá para cá, o comando do tráfico na região passou para as mãos de Rogério 157, ex-segurança pessoal de Nem.
Mas houve um racha entre Nem e Rogério 157. Em agosto deste ano, da prisão, Nem deu ordem para que Rogério deixasse o morro, mas ele ignorou. Três aliados de Nem foram encontrados mortos depois disso. Segundo a polícia, as mortes foram executadas a mando de Rogério 157.No dia 17 de setembro, traficantes da ADA da Rocinha e de outros morros se uniram para invadir a favela e expulsar Rogério 157. Bandidos do Comando Vermelho ofereceram abrigo ao grupo de Rogério em outras comunidades.
Depois de seis dias de confrontos, 950 homens das Forças Armadas cercaram os acessos à Rocinha para tentar prender os envolvidos na disputa.
NOVA OPERAÇÃO
Desde a madrugada desta quarta, cerca de 2.900 homens das polícias Civil, Militar e Federal, da Força Nacional e das Forças Armadas realizam uma operação em favelas da zona norte do Rio. A ação está concentrada nas comunidades de Mangueira, Tuiuti e Arará/Mandela.
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança, as Forças Armadas estão responsáveis pelo cerco nas comunidades e baseadas em pontos estratégicos. Algumas ruas, como a Visconde de Niterói, estão interditadas e o espaço aéreo está controlado, com restrições para aeronaves civis.
A secretaria informou ainda que não há interferência nas operações dos aeroportos Santos Dumont (doméstico) e do Galeão (internacional).
(Folhapress)
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