Superar obstáculos e buscar alternativas econômicas para o município
“Maldição ou dádiva? Os dilemas do desenvolvimento sustentável a partir de uma base mineira” (Leia AQUI) – a obra da Dra. Maria Amélia Rodrigues da Silva Enriquez, PhD em desenvolvimento sustentável pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB), professora e pesquisadora da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Pará, aborda questões importantes sobre o impacto da mineração em larga escala num dado município ou numa região, aventando que isso pode ser um fator para o desenvolvimento sustentável, criadas “as condições institucionais favoráveis, ou ser uma maldição, caso se caia na “armadilha do caixa único“, neste caso, “perdendo a oportunidade de diversificação produtiva e de equidade intergeracional”.
O município de Parauapebas experimentou um crescimento sem precedentes na história do Pará e Amazônia, mas bem verdade que a maldição da mineração, a “armadilha do caixa único” prevaleceu até o momento e precisa ser superada.
O governo municipal finalmente acerta o foco
Em meio a expectativa de ser anunciada um ampla mudança no seu secretariado, diga-se passagem, alterações que se mostram necessárias, dada a apatia em que alguns membros do governo vem mostrando, o fato é que as mudanças ainda não vieram, mas DARCI LERMEN surpreendeu e trouxe notícias bem mais empolgantes para os moradores de Parauapebas, a coletiva de imprensa do prefeito foi marcada por um grande otimismo para o ano de 2019.
Tudo indica que o prefeito acertou o foco ao anunciar a criação de uma UNIVERSIDADE MUNICIPAL, uma iniciativa essencial para o município no aspecto de se criar alternativas econômicas para um desenvolvimento sustentável.
Universidade municipal
Entre os dez principais municípios do Pará, a cidade de Parauapebas é que tem o menor percentual da população matriculada em cursos de ensino superior, um gargalo para qualquer projeto de desenvolvimento sustentável, com a implantação de uma UNIVERSIDADE municipal esse obstáculo pode vir a ser removido.
Governo federal e estadual investem pouco
Segundo os últimos dados oficiais conhecidos, Parauapebas tem apenas 2,95% da sua população matriculada em instituições de ensino superior, Marabá/PA tem 4,01% e Santarém/PA alcança 6,29%.
O dado mais alarmante, o governo estadual e o governo federal não investem ou muito pouco fazem pela educação superior no município de Parauapebas, se dependesse exclusivamente dessas esferas de governo, a cidade teria apenas o equivalente a 0,40% da sua população matriculada no ensino superior.
Nem pagando eles atendem Parauapebas
Os números evidenciam que a demanda por ensino superior em Parauapebas está sendo negligenciada pelos demais entes federados, seja pelo governo do Pará ou pelo governo federal, mesmo a administração local arcando com quase todas as despesas necessárias para trazer essas instituições universitárias, tipo: UFPA, Unifesspa, UFRA e UEPA.
O fato é que ainda assim não atendem as demandas da população residente no município de Parauapebas e na sua área de influência.
Fonte: Sol de Carajás
Foto: Reprodução
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