Em diversos municípios brasileiros onde há população indígenas as manifestações foram realizadas de forma pacífica, tendo o mesmo objetivo: demonstrar reprovação aos atos do governo federal e pedir mais segurança nas barragens nas áreas de mineração.
Em Parauapebas, a comunidade Xikrin fez ato pacífico na Portaria da FLONACA – Floresta Nacional de Carajás, onde, com danças, guerreiros e guerreiras demonstraram insatisfação à retirada dos poderes da FUNAI e FUNASA que cuidavam das demarcações de terras e da saúde indígena, respectivamente.
Quem agora passa a demarcar as áreas indígenas é o INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, enquanto que a saúde dos índios passa a ser uma atribuição do SUS – Sistema Único de Saúde. “Não podemos permitir que nossos irmãos índios padeçam nas filas de hospitais esperando atendimento do SUS, pois, percebemos que é um sistema que não funciona. Quanto à demarcação de nossas terras, a FUNAI já tem anos de experiências e ao mesmo tempo notamos que o INCRA não tem desempenhado bem suas atribuições dentro deste assunto”, reconhece Nhui Pokre Xikrin, representante da comunidade indígena, cobrando que o governo venha conversar com os caciques para alinhar com as comunidades indígenas e tomar decisões com os anseios e demandas dos índios.
Ainda de acordo com Nhui, as manifestações continuarão até que seja tomada atitude favorável aos indígenas.
Em relação às barragens existente nos municípios minerados, o indígena diz que é preciso reestruturar a segurança para que não se repitam episódios como nas cidades mineiras onde se contabilizou imensuráveis prejuízos ambientais, grandes prejuízos materiais e a perda de muitas vidas. Para que se evita isso, Nhui pede que seja feito estudo detalhado das situações das barragens e corrija as deficiências. “Queremos fazer parte destas comissões para podermos nos sentir mais seguros”, conclui o índio.
(Da Redação)
Comentários com Facebook