Uma das melhores notícias na área da educação no Pará foi identificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): a queda da taxa de analfabetismo.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), em 2019 a taxa caiu para 8,8%, redução significativa quando comparada ao ano de 2016, em que a taxa era de 9,2% entre pessoas de 15 anos ou mais.
Também foi registrada queda entre os mais idosos, acima de 60 anos, embora a taxa ainda seja muito alta. Melhor notícia ainda foi confirmar que, no ano passado, ocorreu aumento no número médio dos anos de estudos entre todas as idades da população paraense.
A queda na taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais que, pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que mais jovens estão aptos a melhorar de vida a partir do momento em que são capazes de ler e escrever.
“O analfabetismo está mais concentrado entre as pessoas mais velhas, uma vez que os jovens são mais escolarizados e, portanto, vão registrar indicador menor”, explica a analista da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy.
Reduzir a taxa de analfabetismo no Brasil está entre as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014, que estabelece o que deve ser feito para melhorar a educação no país até 2024, desde o ensino infantil, até a pós-graduação. Pela lei, em 2015, o Brasil deveria ter atingido a marca de 6,5% de analfabetos entre a população de 15 anos ou mais. Em 2024, essa taxa deverá chegar a zero.
Quando a pesquisa verifica a distribuição de pessoas acima de 25 anos que em 2016 (50,1%) afirmavam não ter instrução ou ter apenas o fundamental, ocorreu uma queda ainda maior em 2019, passando para 45,5% os que estão nessa faixa. Nesse grupo de pessoas acima de 25 anos, houve aumento dos que conseguiram concluir o ensino médio (2,8%) ou o ensino superior (2,1%) em 2019 comparado ao ano de 2016.
INSTRUÇÃO
O estudo mostrou ainda que entre as pessoas acima de 25 anos que tiveram aumento tanto no nível de instrução quanto no ensino médio e no superior ocorreu basicamente entre as pessoas que se declaram pretas ou partas, segundo critério do IBGE. Esses dados foram obtidos através de um módulo especial sobre educação, pesquisado de forma mais abrangente desde 2016 na Pnad Contínua durante o segundo trimestre de cada ano civil.
Quanto à taxa de escolarização, isto é, a proporção de estudantes de determinada faixa etária em relação ao total de pessoas dessa mesma, foi verificado aumento entre crianças na faixa de 0 a 5 anos no ano passado. Passou de 38,4% em 2018 para 43,6%, ou 5,2% de aumento, o que significa mais escolas para essa faixa de alunos.
A pesquisa indica que em toda a Região Norte, o contato com a educação inicia a partir de idades mais avançadas. Enquanto de 2 a 3 anos a taxa de escolarização é de 32%, de 4 a 6 anos a taxa sobe para aproximadamente 86%. O principal motivo apontado é “por opção dos pais”. A taxa de escolarização se manteve equilibrada entre a população branca (31,7%) e a população preta ou parda (32,3%).
ABANDONO
Também há um claro incentivo para que mais alunos permaneçam na escola no Pará. A pesquisa está divulgando pela primeira vez dados sobre abandono escolar e mostrou que, embora a taxa de evasão ainda seja alta, já é possível comemorar que a taxa ajustada de frequência líquida de alunos do ensino médio subiu 4,9%, passando de 52,5% em 2016 para 57,4 no ano passado. Aumentou também em 4,1% a permanência de estudantes no ensino superior, passou de 13,2% para 17,3%.
No Pará, as mulheres estudam mais que os homens.Enquanto os homens no Pará com 15 anos ou mais costumam estudar em média 8 anos e meio, as mulheres na mesma faixa etária estudam aproximadamente 9 anos e meio.
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