As exportações totais de carne de frango do Brasil recuaram 2,3% em setembro ante mesmo mês do ano anterior, totalizando 345 mil toneladas, informou nesta quarta-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Segundo a entidade, que não forneceu justificativas detalhadas para o resultado, a receita obtida com os embarques do produto (in natura e processado) no mês passado somou 479 milhões de dólares, recuo de 18,4% em relação a setembro de 2019.
No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, porém, as exportações da proteína seguem à frente do registrado em igual período de 2019, com o volume de 3,178 milhões de toneladas representando alta de 1,3%.
As receitas entre janeiro e setembro, por sua vez, somaram 4,619 bilhões de dólares, retração de 12,1% na comparação anual, acrescentou a ABPA.
Apesar da queda de setembro, a associação indicou que a média de embarques no segundo semestre permanece à frente dos dados de 2019, projetando resultados positivos para as vendas.
“A média de exportações registradas neste segundo semestre estão acima do obtido no mesmo período em 2019, um indicativo de que as vendas seguirão positivas. Isso, sem impactar na oferta de produtos para o consumidor brasileiro, que também aumentou este ano”, disse em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Principal cliente do Brasil, a China importou 514,1 mil toneladas de carne de frango entre janeiro e setembro de 2020, alta de 28% no ano a ano, disse a entidade, que também mencionou vendas firmes para países como Cingapura, Coreia do Sul, Rússia, Vietnã, Jordânia e Líbia.
“Considerando apenas as vendas de setembro, também são destaques as exportações para a África do Sul, com 23 mil toneladas (+38% em relação a setembro de 2019), Iêmen, com 11 mil toneladas (+73%), Emirados Árabes, com 25,9 mil toneladas (+11%), União Europeia, com 21,2 mil toneladas (+15%)”, acrescentou a ABPA em comunicado.
Reuters
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