A mulher que mantinha a própria mãe em cárcere privado em Parauapebas, no sudeste paraense, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. A decisão é da juíza Rafaela de Jesus Mendes Morais e foi protocolada durante uma audiência de custódia nesta quinta-feira (17). Suzana do Nascimento Rocha, de 25 anos, foi detida por manter a mãe, uma mulher de 43 anos com histórico de esquizofrenia, em um quarto sujo, sem alimentação adequada e em situação degradante. A defensora pública Kelly Aparecida Soares pediu a liberdade provisória da acusada alegando a falta de antecedentes criminais e a violência abstrata do caso. O pedido, entretanto, foi negado pela magistrada, que ressaltou que diante da análise dos autos, “está presente a gravidade concreta do crime cometido, sendo inviável a concessão de sua liberdade precoce”. Em outro trecho da decisão, a juíza ressalta que “segundo o que consta nos autos, a vítima era mantida durante o período de dois anos em quarto escuro, em meio à fezes, baratas, e sem alimentação adequada, sendo encontrada nua, desnutrida e delirando, hipótese em que requer do Estado maiores cautelas na concessão de liberdade, justamente para evitar a reiteração da conduta”, somado ao fato de que “a flagrada é acusada, também, de subtrair da vítima o benefício a que tem direito, deixando-a em condições sub-humanas”.
Ana Carolina Matos
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