“O continente latino americano passa por uma das maiores crises sanitárias e hospitalares de sua história. Grande parte do agravamento dessa crise se dá em função de sua condição periférica no chamado sistema mundo. Sua condição de fronteira para a expansão da produção capitalista coloca suas comunidades rurais especialmente vulneráveis diante da pandemia global. O agrohidronegócio não parou. Pelo contrário, viu seus lucros aumentarem diante do adoecimento e morte dos povos no continente.
Procurando refletir essas questões em escala continental é que o Grupo de Trabalho Pensamento Crítico em Geografia da CLACSO se soma na construção do Encontro Nacional de Geografia Agrária Virtual promovendo uma Escola de Formação pré-ENGA nos dias 05 e 06 de abril, sempre as 19hrs.
“Nos debruçaremos entorno de dois grandes eixos de reflexão. O primeiro que tratará dos processos históricos de ocupação do território trazendo a luz as resistências de nosso povo. E o segundo que discutirá o extrativismo selvagem na Amazônia e na porção indo americana. Como já é tradição de nossas atividades nossas mesas vão contar com acadêmicos de várias universidades e de movimentos sociais importantes dos de baixo”.
O grupo espera que essa programação tenha um grande alcance. “Esperamos que essa programação chegue a vocês com saúde e firmes no propósito de superarmos esse quadro muito difícil que passa a América Latina. Ao mesmo tempo, manifestamos nosso repúdio frente ao descaso dos governos no continente na gestão da crise de saúde pública e da lentidão que o processo de vacinação está mergulhado. Lembrando que são os povos dos campos, das florestas e das águas que mais sofrem na pandemia. Neste sentido, fazemos um chamado a todos e todas para este momento de estudo e reflexão nesta semana que se avizinha. Com nossa Escola de Formação (05 e 06 de abril) e no Encontro Nacional de Geografia agrária virtual (07, 08 e 09 de abril) com o tema “As Geografias Agrárias a partir da Panamazônia: lutas socioambientais e fronteiras do capital no Brasil”.
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