O réu Rafael da Silva Ribeiro, conhecido como o “canibal e esquartejador de Breu Branco”, foi condenado a 32 anos e nove meses de reclusão em julgamento realizado nesta terça-feira (12) na Comarca do município.
O crime ocorreu no dia 6 de maio deste ano. Rafael é o principal acusado de matar duas mulheres: Maria Zélia Ribeiro natural do estado do Piauí, doméstica que morava em Breu Branco, e também de sua atual companheira, Joana Cristina da Silva Soares, 48 anos, natural de São Domingos do Capim.
Na época em que foi preso, em maio, Rafael assumiu a autoria dos crimes, e contou que as esquartejou e as desossou, para que pudesse dar fim do corpo sem levantar suspeitas. Ele havia guardado partes dos corpos das mulheres em sua geladeira.
O julgamento foi conduzido pelo Juiz José Jonas Lacerda, durante a III Semana Nacional do Tribunal do Júri. Promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o evento tem por objetivo levar a júri popular os responsáveis por crimes dolosos (com intenção) contra a vida denunciada há mais de cinco anos.
Rafael foi condenado por unanimidade, apenas pela morte de Maria Zélia Ribeiro. Um outro julgamento deve acontecer para avaliar a morte de Joana Cristina da Silva Soares, onde Rafael também é acusado.
Em seu depoimento, Rafael confessou que matou Maria Zélia a golpes de facadas após terem bebido em um bar. Segundo testemunhas, os dois foram vistos saindo na garupa de um moto táxi e também foi a última vez que a vítima foi vista com vida.
FILME
Ele contou ao Juiz que antes de assassinar a vítima assistiu a um filme por nome “Mortos e demônios”, onde o filme detalhava crimes praticados de forma macabra e cruel.
Em seguida, segundo o próprio réu, Rafael ouviu de Zélia que pedia para que ele deixasse Joana esposa de Rafael e ficasse com ela e teve como resposta que jamais faria isso.
Foi quando, segundo depoimentos de Rafael, ouviu de Zélia que se não fosse dela não seria de mais ninguém. Os dois segundo Rafael, travaram luta corporal e o acusado desferiu golpes de facas na vítima.
Em seguida após constatar que estava morta iniciou o ritual macabro. Disse ao Juiz que cortou nas juntas, e retirou os órgãos internos e guardou dentro da geladeira além de ocultar o corpo, tirou o sangue e guardou em uma garrafa Pet.
O Juiz perguntou se ele já havia trabalhado antes em açougue pelos golpes certeiros nas juntas, mais o mesmo negou. Confessou o crime de forma fria e sem demonstrar nenhum remorso.
(DOL com informações de Marcos Carvalho/Diário do Pará)
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