O plantão do agente patrimonial José Agamenon Soares Filho, no último sábado (29), foi marcado por um ato heroico. Era por volta das 7h40 da manhã, quando ele foi alertado que uma jovem estava se afogando no Rio Tocantins. O servidor do Departamento Municipal de Segurança Patrimonial (DMSP) estava de plantão no contêiner da Unidade Nacional de Acessibilidade (UNA), próximo à Orla, quando uma mulher bateu no vidro da janela e o avisou.
Sem hesitar, Agamenon correu na direção do rio e, no caminho, encontrou um pedestre que fazia caminhada. Ele solicitou ajuda e, juntos, dirigiram-se ao local do incidente. Agamenon também orientou uma colega, Francisca, para apanhar o cinto contendo seus equipamentos de trabalho, que foram os únicos objetos que ele tirou, antes de pular na água.
“Chegou lá na beira do rio, ele e eu, mergulhamos juntos e pegamos ela. Ela estava depois dos barcos, aí conseguimos colocar ela em dos barcos, eu consegui falar com ela rápido, peguei o número do telefone da mãe dela e o nome dela, aí depois ela desmaiou”, relata demonstrando o esforço conjunto para salvar a jovem.

Após retirarem a jovem do rio, ela recebeu atendimento do SAMU, que foi acionado pela esposa do pedestre que também ajudou no resgate. O agente patrimonial José Agamenon, que exerce a função há 20 anos, compartilhou que esta não é a primeira vez que ele agiu para salvar uma vida. Há cerca de 4 anos ele socorreu um rapaz em uma briga de trânsito.
“Eu estava saindo do meu plantão na SDU quando passei de moto e vi um rapaz caído no chão e tinha outro com um pedaço de pau pronto pra bater. Eu entre rapidamente e impedi que o rapaz fosse agredido”, lembra.
Para ele é motivo de orgulho saber que contribuiu para um final feliz: “Eu me sinto contente, né? Porque a gente que tem família, a gente só pensa na família da gente. Os filhos da gente, né? E é uma coisa muito importante. A gente faz o bem aqui e a gente sabe que vai ser colhido mais na frente, até o parente da gente pode colher isso que a gente plantou, que é aquela coisa do universo né? O retorno”, afirmou.

Agamenon ressaltou ainda que o treinamento recebido durante sua carreira inclui preparação para crises. No entanto, ele destacou a importância do instinto humano e da reciclagem constante para agir de forma rápida e eficaz em situações inesperadas como esta.
O ato heroico de José Agamenon reforça a importância dos agentes patrimoniais na segurança e proteção da comunidade, demonstrando que, além de cuidar do patrimônio público, eles também estão prontos para salvar vidas em momentos críticos.
Texto: Fabiane Barbosa / Fotos: Sara Lopes
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