Alexandre Pereira assume a chefia do poder executivo municipal, se diz aberto ao diálogo e pretende fazer uma gestão tranquila
O novo prefeito de Canaã dos Carajás convocou uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (28) para falar sobre os desafios e as metas da sua gestão. Alexandre, vice-prefeito eleito de Canaã, assume o cargo após uma medida judicial que afastou o seu colega de chapa, Jeová Andrade, do poder na manhã do mesmo dia. De acordo com a decisão expedida pelo juiz Lauro Fontes, Jeová deve ficar fora do cargo pelos próximos 180 dias. A suspeita é de improbidade administrativa.
O novo gestor respondeu às perguntas dos profissionais comunicadores e deixou claro que dará continuidade aos trabalhos de Jeová quantos aos investimentos na educação, emprego e renda e que pretende melhorar a saúde pública. Segundo o gestor, o vice-prefeito é eleito para substituir o titular em qualquer circunstância e ele está preparado para o peso do cargo.
Confira abaixo os tópicos falados por Alexandre na coletiva.
Greve geral
“Estamos tranquilos, pois existe a liminar. Os sindicatos já serão notificados e os funcionários públicos já devem voltar ao trabalho. No entanto, gostaria de dizer que também estou aberto ao diálogo. Queria que os servidores entendessem que agora é um novo momento e preciso de um tempo para verificar a situação. Peço aos servidores que observem e reflitam sobre o novo momento. Quero que eles façam uma trégua, independente de liminar. Espero que as categorias repensem.”
Folha de pagamento
“Estou ciente das contas, mas a partir de agora vou me aprofundar ainda mais sobre o assunto. Acho que é necessário repensar os gastos. Mas limitar as despesas não quer dizer que faremos demissões.”
Secretários réus
Além de Jeová Andrade, alguns secretários de governo também se tornaram réus no processo. Alexandre falou sobre eles: “Me sinto tranquilo e acredito na capacidade da minha equipe. Acredito que temos que partir pela legalidade e não nos precipitarmos. Quero agir com cautela. Tenho que respeitar os secretários, mas tenho que dar essa resposta à sociedade. Não suporto injustiça e vamos verificar toda essa questão.”
Recebimento da notícia que Jeová havia sido afastado
“Eu sofri mais que ele e fiquei mais derrubado que ele. Pela manhã, recebi o telefonema e era o Jeová me pedindo para vir urgente para Prefeitura. Antes de sair, ele me disse que estava tranquilo, pois a gestão estava em boas mãos. Se passa algo de renúncia pela cabeça dele, eu não sei, já é uma questão dele. Mas ele deve recorrer. Não posso me preocupar com isso, pois, se eu for me preocupar com a defesa do Jeová, eu não consigo fazer gestão.
Autonomia para decisões
“Hoje o Jeová não é prefeito. Por obrigação de amizade, posso ir na casa dele tomar um café, mas ele não pode e nem vai intervir na gestão. Ele me deu total autonomia para tomar as decisões.”
Metas de gestão
Quero assumir o município e fazer uma gestão tranquila. Boa vontade em mim não falta. Pretendo afastar de Canaã o olho da justiça e entregar o cargo ‘redondinho’ para o Jeová quando ele voltar. Tenho como prioridade fazer com que haja harmonia na política, na gestão e na justiça local. Além disso, melhorar a saúde, cuidar da geração de emprego e renda e investir na educação também serão minhas prioridades.”
Texto: Kleysykennyson Carneiro
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