Uma confusão na manhã da última quinta-feira (20) no Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano de Parauapebas (DMMT) foi acabar na 20ª Seccional de Polícia Civil. Segundo agentes do órgão, um sargento da reserva Polícia Militar teria tentando a força liberar um veículo que havia sido apreendido atuando como taxi lotação e, como não obteve êxito, teria sacado sua arma, agredido um agente de trânsito e danificado o portão do órgão.
Diante da situação e temendo pela segurança em serviço, os agentes de trânsito se reuniram com o secretário de Segurança Institucional do Município e deliberaram que só voltam às ruas após terem garantia de segurança em serviço. Segundo um dos agentes, que não quis se identificar, eles estão temerosos depois do episódio que possam vir a sofrer qualquer ameaça contra a integridade física deles já que estão completamente desprovidos de qualquer segurança nas ruas, uma vez que não podem portar arma de fogo.
Depois da confusão, os agentes do DMTT foram até a delegacia acompanhar o colega. De acordo com o delegado José Euclides Aquino, o agente, José Pereira Pires, que é Coordenador de Transporte do órgão, registrou ocorrência da agressão e o caso será investigado. “Nós vamos oficiar ao quartel da PM em Parauapebas para que o militar envolvido no episódio também seja ouvido e possa ter o seu direito de defesa. Após ouvir todas as partes e testemunhas, vamos decidir qual o procedimento será tomado”, frisa o delegado.
Em depoimento à polícia, o agente de trânsito contou que o sargento, identificado como Genésio, acompanhado do proprietário do carro Corsa, de placas JUH-3584, que não teve o nome identificado, foi lá tentar liberar o carro, que havia sido apreendido fazendo taxi lotação, que ainda é um serviço clandestino em Parauapebas. Ele teria ligado para o diretor do órgão, de nome Sandoval, e a orientação dada foi para que ambos voltassem no próximo dia 24, que o próprio diretor iria resolver o problema.
Nessa hora, o sargento teria subtraído um documento público, onde constavam todos os dados sobre o veículo apreendido. Eles pediram o documento de volta e nessa hora o sargento teria sacado uma arma de fogo, deixando em pênico todos que estavam dentro da sala. Usuários e agentes começaram a gritar e dois guardas municipais que estavam no órgão foram ver o que estava acontecendo e, o policial, de arma em punho, gritou para que não tocasse nele, que ele era “policial”.
No percurso, para sair do órgão, ele ainda teria feito ameaças, dizendo que isso não ia ficar assim e depois teria quebrado o trilho do portão grande e arrombado o portão pequeno da sede do DMTT. O comandante do 23º Batalhão da Polícia Militar, coronel Pedro Celso, classificou o episódio como lamentável e disse que estava aguardando ser oficialmente informado pela polícia ou DMTT para dar início aos procedimentos cabíveis.
“Assim que for oficializado, encaminharemos o caso ao setor competente da Polícia Militar, que é o Centro de Inativos e Pensionista, já que o militar está na reserva, para que faça a apresentação do mesmo, caso seja necessário, para seja dado encaminhado aos procedimentos administrativos cabíveis”, explica o coronel.
O oficial destaca que ações como essa, caso comprovada, é uma desinteligência de pessoas esclarecidas, que conhecem a legislação e, por um motivo, acabam cometendo negligências. Segundo o coronel, logo após o episódio, o militar o procurou e ele mandou que fosse colhido o depoimento dele, até para garantir o direito à ampla defesa. “AÍ chegando a documentação da polícia, nós vamos anexar o depoimento e encaminhar para o setor competente”, afirmou.
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(Tina Santos com informações de Ronaldo Modesto)
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