A decisão, publicada na edição desta segunda-feira (29) do Diário Oficial, veio após a conclusão do primeiro inquérito instaurado pela Polícia Civil concluir que houve fraude durante a aplicação das provas.
O delegado Gabriel Henrique Alves, responsável pelo inquérito, já tinha afirmado em outras ocasiões que várias pessoas, não apenas Raimunda Arruda, presa em flagrante, tinha usado ponto eletrônico e outros meios de obter as respostas das questões de forma fraudulenta. Na ocasião, ele afirmou ainda o envolvimento de um fiscal no esquema criminoso. O fiscal, segundo o delegado, teria fotografado as provas e enviado as imagens para que professores especializados em concurso público respondessem do lado de fora.
Além dessas graves constatações feitas pela investigação, a polícia descobriu a existência de uma associação criminosa especializada neste tipo de fraude agindo nos dois de dias de aplicação. “Esta investigação vai ter primeira fase, segunda fase, enquanto eu não identificar todos os envolvidos eu não paro”, disse o delegado confirmado a abertura de um segundo inquérito para investigar o caso.
Com a conclusão do primeiro inquérito, a mulher presa foi indiciada com base no artigo 311-A (Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de concurso público).
O decreto assinado pelo prefeito considerou todos estes pontos mencionados e disse que deverá ser instaurado um processo administrativo próprio para apurar supostas irregularidades contratuais e administrativas da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), banca responsável pela elaboração e aplicação das provas.
A Fadesp disse em nota que está colaborando com as investigações e se coloca à disposição da prefeitura para reaplicação das provas.
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