Mulheres indígenas participaram da oficina de Grafismo Xikrin realizada pela prefeitura, por meio do Museu Parauapebas Hilmar Harry Kluck, em parceria com o Instituto Indígena Botiê Xikrin e Departamento de Relações Indígenas. A atividade que fez parte do I Encontro da Mulher Indígena iniciou dia 9 de setembro e encerrou nesta segunda-feira, 13. Elas aplicaram a técnica de pintura corporal em telas que farão parte da Coleção Etnográfica Xikrin do Cateté no museu da cidade.
“A ideia surgiu com objetivo de construir um acervo etnográfico, uma coleção de artefatos dos objetos que fazem parte da cultura Xikrin”, explica a antropóloga Riane Araújo. “Pensamos em fazer essa primeira oficina de um projeto da tradição deles, uma oficina de grafismo, para contar um pouco dos conhecimentos, o que representa, o que significa essas pinturas e qual a importância dos saberes milenares dessas mulheres”, comentou.
Irekrin Xikrin, uma das participantes da oficina, conta como foi a experiência. “É muito importante as guerreiras que estão participando do grafismo Xikrin. Estamos felizes, mostrando nossa habilidade, nossa cultura, nosso idioma, para que isso passe de geração em geração, para que nosso filhos, nossos netos, não percam e não esqueçam da nossa cultura. Por isso é importante o respeito da nossa pintura”, disse.
A pintura corporal – atividade essencialmente feminina – é realizada para adornar o corpo das mulheres, homens e crianças em festas, rituais e também no cotidiano. Por meio da pintura elas comunicam suas experiências com os seres, natureza e ambiente. “A oficina e Coleção Etnográfica Xikrin tanto valoriza, quanto vai ajudar a divulgar a cultura dos povos indígenas para os munícipes e turistas que visitam nossa cidade”, observa o secretário de Cultura, Sadisvan Pereira.
Texto: Rayssa Pajeú
Fotos: Gabriela Penalber e Renato Rezende
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