A Associação Paraense de Oftalmologia (APO) está em estado de alerta e tomou a iniciativa de comunicar não só ao Secretário de Saúde de Parauapebas, Sr. Alan Palha, mas também ao promotor público e ao prefeito sobre a realização de cirurgias oftalmológicas irregulares na cidade. O foco da preocupação é a atuação de um hospital de Teresina, Piauí, que vem promovendo mutirões de catarata e glaucoma em condições que desrespeitam os protocolos sanitários e não oferecem o suporte necessário pós-cirurgia.
Situação Crítica:
- Milhares de pacientes aguardam na fila do SUS por cirurgias oftalmológicas em Parauapebas.
- O Secretário de Saúde optou por apoiar iniciativas privadas em detrimento dos serviços públicos.
- Empresas estão cobrando de pacientes vulneráveis, que dependem da gratuidade do SUS.
Principais Problemas:
- Cirurgias realizadas em ambientes inadequados.
- Desrespeito aos protocolos sanitários estabelecidos.
- Carência de acompanhamento médico adequado no pós-operatório.
- Incerteza quanto à disponibilidade de resposta a complicações pós-cirúrgicas.
Riscos à Comunidade:
- Aumento do risco de complicações cirúrgicas e pós-cirúrgicas.
- Possibilidade de danos irreparáveis à visão dos pacientes.
Estatísticas Alarmantes:
- 700 cirurgias reportadas em um período de apenas 10 horas, indicando uma média inverossímil e perigosa.
Conflitos Éticos e Legais:
- Cobrança indevida por procedimentos que deveriam ser cobertos pelo SUS.
- Utilização inapropriada da lista de espera do SUS para fins privados.
- Falta de profissionais para garantir o cuidado contínuo após as intervenções cirúrgicas.
Precedentes Preocupantes:
- Em Amapá, mutirões similares resultaram em infecções graves por Fusarium, com perda da visão e remoção do globo ocular em alguns casos.
- Em São Paulo e São Bernardo do Campo, iniciativas parecidas conduziram a cegueira e outras complicações sérias.
A APO ressalta que esses mutirões estão acontecendo sem as mínimas garantias de segurança e sem o acompanhamento médico necessário. A associação faz um apelo às autoridades competentes para que tomem medidas urgentes a fim de proteger a saúde ocular da população de Parauapebas.
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