Mais de 200 bancários reunidos em assembleia geral ontem à noite rejeitaram a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) às reivindicações da categoria no último dia 29 de agosto, e aprovaram o indicativo de greve geral por tempo indeterminado, a partir da próxima terça-feira, 6, em todo país. Também foi aprovada a realização de uma assembleia da categoria na próxima segunda-feira, 5, às 19 horas, na sede do Sindicato dos Bancários, para organizar a paralisação.
Segundo o Sindicato dos Banários, a proposta da Fenaban prevê perdas salariais, tendo em vista o índice de reajuste de 6,5% no salário, na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e nos auxílios refeição, alimentação e creche. E não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano, o que significa perdas de 2,8% para a categoria. Ainda segundo os sindicalistas, a Fenaban ofereceu um abono de R$ 3.000,00 que não será adicionado ao salário dos trabalhadores.
“A proposta de reajuste é muito ruim e reduz salários. Além disso, a proposta de abono significa um retrocesso. Queremos ganho real nos salários, garantia de emprego e de direitos trabalhistas. Portanto, será fundamental a unidade e mobilização da nossa categoria nas ruas para que tenhamos êxito, pois só a luta nos garantirá vitórias”, disse o representante do sindicato no Comando Nacional, Gilmar Santos.
“Vamos mostrar aos banqueiros e ao governo que a categoria bancária, em todo país, não aceitará retrocessos, nem tampouco perda de direitos. Aqui no Pará estamos em um processo de intensa mobilização para construir a maior greve dos últimos tempos em defesa de melhores salários, emprego, defesa dos bancos públicos e de nossos direitos trabalhistas. Agora é greve para derrotar a ganância dos banqueiros”, diz a presidente do sindicato, Rosalina Amorim.
Os bancários exigem reposição da inflação (9,57%) e mais 5% de aumento real; PLR: 3 salários mais R$ 8.317,90; piso de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); vale alimentação no valor de R$ 880,00 ao mês (valor do salário mínimo); vale refeição no valor de R$ 880,00 ao mês; 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês; melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas; Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários; Auxílio-educação, com pagamento para graduação e pós; prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação, entre outros.
Por: O Liberal
Comentários com Facebook