A suspensão da importação de carne brasileira pode ser lucrativa para os atravessadores. O preço deve cair em breve, na previsão da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon). O motivo é o aumento da oferta, já que os produtores que têm gado pronto para o abate devem oferecer mais carne aos frigoríficos nacionais. O que não se sabe é se eles repassarão a queda de preço aos supermercados e açougues.
“Num primeiro momento, é o que vai ocorrer, não tem jeito”, garantiu Ricardo Merola, fundador e ex-presidente da Assocon, à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Merola explicou que a queda de preço está à vista, mas não deve ser durar muito porque há poucos animais confinados hoje no Brasil.
O gado que já está e confinamento ganha, em média, 1,8 kg por dia. Em 100 dias, na estimativa de Merola, eles estarão prontos para o abate. A próxima leva de animais já deve ser abatida após a crise. É que o gado no pasto demora cerca de dois anos para alcançar o peso.
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, disse à colunista acha que a queda do preço não chegará às mesas pois o consumo de carne vem caindo no Brasil desde 2015. “Não tem espaço na recessão para aumentar o consumo interno”, completa Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), sobre carne de aves.
Por: Notícias ao minuto
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