É comum para muitas pessoas buscarem na internet informações sobre saúde, mas nem sempre as fontes são confiáveis. Com o objetivo de levar conteúdo qualificado sobre saúde auditiva e com base científica a fonoaudióloga, Fabiana Lemos, lançou na manhã desta quinta-feira (17) o Canal Auditiva, no Youtube, com já conta com mais de 120 inscritos.
Serão postados inicialmente vídeos semanais, informou a fonoaudióloga, acrescentando que “os seis primeiros serão sobre teste da orelinha, que é o nosso carro chefe, mas na sequência vamos ter vários assuntos e conforme for a resposta do público, as dúvidas que eles forem tendo, a gente vai abordando os conteúdos. Vamos responder todas as demandas que recebermos”.
Ter acesso à informações de saúde com fonte segura pode fazer toda a diferença na vida de uma pessoa, assim como a falta de informação também pode implicar em perda da qualidade de vida e até mesmo de saúde, um exemplo claro desse impacto foi relatado pela mãe da pequena Amanda de Souza, de nove anos, que faz terapia fonoaudiológica no Centro de Saúde Auditiva,
“Só descobri que minha filha tinha perda da audição quando ela entrou na escola, com quatro anos. Me perguntaram se ela tinha feito o teste da orelinha, ao nascer, e eu disse que não, na época não era obrigatório e eu nem sabia da existência desse teste. Depois de alguns exames descobrimos que ela tem perda de 30%”, relatou a mãe Elaine Cristina Souza Moraes, destacando que se tivesse acesso à informações mais cedo, poderia ter ajudado mais a sua filha.
“Nós viemos de outro Estado, logo que chegamos aqui em Parauapebas recebemos a referência da Auditiva e há um não e meio a Amanda faz acompanhamento na clínica, é muito notório a evolução do desenvolvimento dela na fala, leitura e coordenação motora. O aparelho auditivo que ela começou a usar também ajuda muito e facilita demais o fato de ser a mesma fonoaudióloga que trata da manutenção do aparelho e faz a terapia dela”, acrescentou a mãe.
Saúde auditiva
Um artigo publicado pela Revista da PUC de São Paulo, em dezembro de 2015, afirma que“de acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), obtidas por meio de 42 estudos de base populacional, mais de 5% da população mundial possui perda auditiva incapacitante, sendo que 91% são adultos e o restante, crianças. Desse grupo, 50% das perdas auditivas poderiam ser evitadas com ações em prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado”.
Sobre dados de perda de audição no Brasil, a artigo utiliza o último Censo Demográfico realizado no país, “em relação à audição, mais de 7,5 milhões de pessoas relataram possuir alguma dificuldade, sendo mais de 2,1 milhões os casos de deficiência auditiva severa”. Segundo os dados apresentados por Fabiana Lemos, durante o evento de lançamento do Canal Auditiva no Youtube, mais de 70% de crianças da rede pública tem algum tipo de alteração de processamento auditivo.
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