A cidade de Parauapebas, no sudeste do Pará, registrou maior incidência de dengue este ano no estado, com 304 casos. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), o ranking é seguido de Belém (266), Altamira (241), Afuá (209) e Vitória do Xingu (187).
Mesmo com os casos de dengue em queda no Pará, a recomendação é não se acomodar com as medidas de prevenção.
De acordo com os números da Coordenação de Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), 3.096 casos da doença foram confirmados este ano em todo o Pará, entre primeiro de janeiro e 30 de junho. No mesmo período do ano passado, foram 3.923 – configurando uma redução de 21,08%.
Cuidados no verão
A Sespa alerta que, com o pico do verão, é preciso que a população colabore, em caso de se deixar as residências vazias em razão das férias escolares, visto que as chuvas permanecem esparsas, mas podem dar vazão para acúmulos indevidos de água.
A orientação serve também para quem reforma nessa época, pois determinados materiais que podem ficar em quintais, como tampas, latas de tintas sem uso e entulhos em geral, podem acumular água das chuvas e acumular criadouros do assim mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue.
Aline Carneiro, coordenadora de Arboviroses da Sespa, destaca que é importante que as pessoas que viajem para locais com confirmação de casos de dengue ou outra doença transmitida pelo mosquito refiram o deslocamento na hora do atendimento com o profissional da saúde. E, nestes locais, utilizem medidas proteção individual, como uso de repelente.
“Ao retornar para casa, é importante eliminar qualquer foco de água parada”, recomenda.
A Sespa orienta que as Secretarias Municipais de Saúde informem em um período de 24 horas a ocorrência de casos graves e mortes suspeitas.
Além da dengue, a zika e o chikungunya também são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. O chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras. Já a febre por zika vírus leva a sintomas que se limitam a no máximo 7 dias e não deixa sequelas. Não há registro de casos de morte provocados pela doença.
A Sespa também deixa claro que a preocupação com a zika segue os mesmos procedimentos em relação à dengue e à chikungunya. O tratamento é apenas paliativo, de suporte e de correção de sequelas. Logo, é preciso diminuir a incidência do mosquito transmissor.
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