A “Folha de São Paulo”, a respeito de brigas familiares no Zap sobre política, ouviu “dicas gerais de especialistas”, mas lembra que “cada caso é diferente”
Discutir política no grupo de WhatsApp da família, sim ou não? Sim, se as partes conseguirem trocar ideias com respeito, sem querer impor a sua opinião e sem fazer provocações. Isso se houver a possibilidade de a conversa ser produtiva e valer a pena.
Não, se as partes têm tendência a brigar, não aceitam o que o outro pensa e querem apenas convencer o familiar de que ele está errado. Melhor não abordar esse assunto e tratar de outros temas no grupo.
Política no WhatsApp da família deve ser banida para sempre? Não conversar sobre política é ruim; não se resolve nada ao evitar problemas. Pior ainda, porém, é brigar. Se não tiver autocontrole, melhor banir o assunto.
O ideal, contudo, é manter a conversa aberta. Se fechamos o canal, nunca corrigimos nossos erros e as nossas limitações em entender o outro.
Mas atenção: a comunicação virtual não é necessariamente boa. Ela elimina outros elementos como gestos, expressão facial, distância física e é fragmentada. Tende a reforçar o que já pensamos sobre a outra pessoa.
Como discutir política no WhatsApp da família?
Tenha calma
Não faça comentários depreciativos ou irônicos
Não menospreze o outro
Valorize a pessoa e suas ideias, mesmo discordando delas
Lembre que você não está apenas respondendo a ideias, está respondendo a uma pessoa
Considere os argumentos do outro lado
Fale sobre você, como você se sente a respeito do assunto e por quê
Cuidado com as palavras
Como manter a calma e não ofender familiares que pensam diferente?
Imagine que você está no trabalho, na frente de seu chefe, e ele fala algo de que você não goste. Você vai se segurar. Então faça isso em todos os lugares
Respire e conte até dez (ou até cem). Só responda se estiver calmo
Releia o que escreveu antes de enviar
O que fazer se a briga já aconteceu? O ideal é prevenir a briga, que pode ameaçar a qualidade do relacionamento e causar danos de longo prazo. Mas se ela já ocorreu, é bom pedir desculpas e reconhecer excessos. As partes podem buscar orientação profissional para resolver esse problema
Romper com a família é uma opção? Sim, se não há condições de estar bem com o outro. Mas é preciso se perguntar o que de tão terrível o outro lado tem que você jamais pode aceitar, porque há muita gente do outro lado. Será que é o caso de rejeitá-las?
Sair do grupo é uma solução simplista. Excluir relações de família é difícil por conta de vínculos passados. Buscar ajuda profissional é sempre bom.
Comentários com Facebook