O interesse pelo cobalto, um mineral que desempenha o papel-chave na produção das baterias de lítio, bem como nos motores de aviões e drones, está crescendo de ano para ano.
Segundo um recente artigo da BBC, várias empresas mineiras norte-americanas estão reclamando seus direitos nos estados do Alasca, Montana e Idaho para poderem extrair este mineral no território dos EUA.
No total, cerca de 300 empresas de todos os pontos do planeta estão em busca de jazidas de cobalto, enquanto os gigantes de mineração, como a empresa suíça Glencore, estão aumentando a sua produção. A empresa canadense First Cobalt, por sua vez, adquiriu em março uma mina no estado do Idaho e planeja começar a extração do mineral em três anos.
Segundo as previsões da consultora britânica CRU, o consumo de cobalto pode ultrapassar 122 mil toneladas em 2018, em comparação com as 75 mil toneladas em 2011. Entretanto, os analistas alertam que, até 2022, o mundo pode enfrentar uma escassez desse mineral.
Embora mais de 60% do cobalto seja extraído na República Democrática do Congo, a China é o principal produtor de cobalto refinado.
Em fevereiro, as autoridades dos EUA incluíram o cobalto na lista de 35 minerais cruciais para a economia. De acordo com Michael Hollomon, presidente executivo da empresa norte-americana Missouri Cobalt, “há poucos lugares onde o cobalto se possa extrair eticamente e queremos ser um deles”.
No entanto, devido à localização geográfica das maiores jazidas de cobalto, os produtores norte-americanos nunca serão capazes de parar a importação desse mineral.
Devido ao aumento constante do preço deste mineral, as empresas de todo o mundo estão tentando reduzir sua dependência desse mineral. Por exemplo, o pesquisador Gerbrand Ceder, da Universidade da Califórnia, está trabalhando para desenvolver uma bateria estável que não precise de grandes quantidades de cobalto.
Entretanto, o próprio cientista admite que no futuro próximo as empresas continuarão utilizando bastante
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