Febre, cansaço, dor de cabeça e no corpo são sintomas da Covid-19, mas semelhantes também em outras doenças comuns no Brasil, como a dengue, em alta neste período do ano, marcado por chuvas e calor intenso.
Para o médico Cassiano Barbosa, diretor Técnico do Hospital Regional do Sudeste do Pará, é preciso ficar atento as diferenças entre as doenças, para realizar o tratamento adequado.
Ele explica que, tanto a dengue quanto a Covid, são infecções virais, mas provocadas por vírus diferentes — por isso têm comportamentos distintos.
O novo coronavírus é transmitido de uma pessoa infectada para outra ou através do contato com objetos contaminados.
Já a dengue ocorre quando o mosquito Aedes aegypti transmite a doença por meio de sua picada, de uma pessoa infectada para outra não infectada.
“Entre as principais diferenças nos sintomas estão o quadro respiratório. Dor no peito, tosse, falta de ar, coriza, nariz entupido e alteração do olfato e paladar são sintomas predominantes da Covid-19 e não aparecem em pacientes com dengue”, destaca o médico.
No caso da dengue, o profissional alerta que existem sinais específicos, como manchas vermelhas na pele, dor na região dos olhos, irritação e coceira na pele, náuseas, perda de peso e vômitos.
“A dengue hemorrágica, forma mais grave da doença, é muito perigosa. Pode ocasionar sangramento da gengiva, boca, nariz, ouvidos ou intestino, além de dor abdominal intensa, pele fria e úmida, olhos vermelhos e urina com sangue, podendo evoluir para óbito, se não for tratada a tempo”, ressalta.
Como se proteger?
Para o especialista do Hospital Regional do Sudeste do Pará, no caso do novo coronavírus, além da vacinação, algumas medidas básicas de proteção como higienizar as mãos com água em sabão, utilizar máscaras, praticar o isolamento social e evitar aglomerações, ajudam a evitar a disseminação do vírus.
“É fundamental que toda sociedade se imunize, com todas as doses recomendadas. Somente com ciclo vacinal completo de todos, iremos vencer essa doença”, afirma o médico.
Em relação a dengue, o médico ressalta que é preciso conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, combatendo a sua reprodução, que acontece em recipientes com água parada.
“A prevenção do contato com o mosquito infectado, pode ser feita com o uso de repelentes, inseticidas e outras medidas para afastar o inseto. No entanto, entre as medidas mais efetivas está acabar com possíveis criadouros do inseto, que podem estar inclusive, dentro das casas”, alerta.
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